Após demissão em massa, Twitter ‘caça’ ex-colaboradores para recontratá-los, aponta agência

Companhia cortou 50% de seus funcionários na semana passada, incluindo posições no Brasil

Equipe InfoMoney

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Após demitir, na semana passada, cerca de metade de seus funcionários, o Twitter voltou atrás e os quer de volta. As demissões em massa ocorreram poucos dias depois de o bilionário Elon Musk concluir a compra da rede social por US$ 44 bilhões (R$ 221 bilhões).

Segundo a Bloomberg News, o Twitter começou a procurar os demitidos nesta segunda-feira (7) para readimiti-los alegando que, grande parte dos desligamentos, foram realizados por engano.

Entenda

O processo de demissão em massa começou na quinta-feira (3), quando o Twitter anunciou aos funcionários de todas as partes do mundo que parte da equipe seria demitida. A informação dada foi de que as pessoas saberiam se ficariam na empresa ou não por meio de um aviso em suas contas pessoais de e-mail.

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No Brasil, uma parte da equipe de 150 funcionários do Twitter recebeu um e-mail, na madrugada de sexta-feira (4), avisando que suas funções não são mais necessárias e tiveram seus computadores bloqueados, conforme informou o Valor Econômico.

Tuítes de empregados da companhia de mídia social informavam que as equipes responsáveis por comunicação, curadoria de conteúdo, direitos humanos e ética de aprendizado por máquina estavam entre aquelas que tinham sido praticamente eliminadas, assim como algumas equipes de produtos e engenharia.

Musk justificou as demissões em post publicado na rede social afirmando que a companhia estava perdendo receita publicitária por causa de “ativistas”.

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“O Twitter teve uma queda massiva em receita, devido aos grupos de ativistas fazendo pressão em anunciantes, mesmo que nada tenha mudado com moderação de conteúdo e que tenhamos feito tudo o que pudemos para apaziguar os ativistas. Totalmente zoado! Eles estão tentando destruir a liberdade de expressão nos Estados Unidos”, dizia o tuíte.

O Twitter não divulgou o relatório financeiro do último trimestre – a empresa já estava em vias de finalizar a negociação com Musk -, mas, de acordo com a Reuters, a companhia estava operando em prejuízo, com uma perda diária de US$ 3 milhões “com todos os gastos e receitas considerados”, afirma a agência de notícias.

Uma mensagem no app Slack, usado para a comunicação interna dos funcionários, também afirmava que o plano de Musk é economizar cerca de US$ 1 bilhão em gastos de infraestrutura por ano.

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Primeiros atos de Musk

O primeiro ato de Musk como proprietário do Twitter foi demitir os principais executivos do alto escalão da companhia: o então presidente executivo, Parag Agrawal; o chefe financeiro, Ned Segal; e Vijaya Gadde, chefe do Departamento Jurídico, Políticas e Confiabilidade.

A negociação de ações do Twitter já está suspensa e não vai mais aparecer no pregão. A intenção de Musk é tornar o Twitter uma companhia privada, movimento incentivado pelo fundador da companhia, Jack Dorsey.

Musk planeja, ainda, reverter a política atual da empresa de permitir que eles trabalhem de qualquer lugar, obrigando os funcionários que não forem demitidos a se apresentar nos escritórios presencialmente, segundo informou a Bloomberg.

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O Twitter também atualizou, no sábado (5), seu aplicativo na App Store da Apple, e começou a cobrar US$ 8 (R$ 40) pelas marcas azuis de verificação de identidade, na primeira grande revisão da plataforma de mídia social sob Musk.

Procurada, a rede social não respondeu, de imediato, a um pedido de comentários da Reuters.

(Com informações de Bloomberg, Estadão Conteúdo e Reuters)

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