Analista de ações: conheça a profissão que identifica as melhores oportunidades da bolsa

Thiago Salomão, da Rico Investimentos, e Betina Roxo, da XP Investimentos, explicam a rotina de analista e o caminho para ingressar na profissão

MoneyLab

SÃO PAULO – Não são nem 7 horas da manhã e a rotina de trabalho da analista de ações Betina Roxo já começou.

“Costumo acordar bem cedinho para conseguir ver com calma as notícias e já ir preparando as coisas para o Morning Call, que é minha primeira tarefa oficial do dia”, conta ela, que integra a equipe de Research da XP Investimentos. 

Em linhas gerais, cabe ao analista de investimentos fazer a leitura do mercado de forma macro e microeconômica, a fim de entender o valor monetário das ações, mercado futuro, mercado de crédito, ou qualquer outra classe de ativos que analise. 

“O mercado é muito dinâmico, então exige muita atenção a tudo que está acontecendo o dia todo. No começo, isso pode gerar muita pressão, mas é tudo questão de gerenciamento”, afirma Betina.

Thiago Salomão, analista de ações da Rico Investimentos, conta que é justamente a agitação que mais o atraiu para a profissão. 

“Temos pequenas rotinas, mas, no geral, todo dia tem suas surpresas. Você nunca sabe quando algo grande pode acontecer e mudar toda a dinâmica do mercado”, diz. 

Para quem tem interessem em entrar neste mercado, o InfoMoney, em parceria com o Ibmec, lança o curso gratuito que ajuda a desenvolver profissionais que não seguem ruídos, mas fazem a sua própria análise. A série “Analista Stock Picker – O Profissional da Nova Década” traz um treinamento gratuito de 4 aulas com direito a certificado e material para download.  Clique aqui para se inscrever.

Habilidades e técnicas

Dentro desta carreira, o analista pode optar por uma das grandes escolas de análise: a técnica e a fundamentalista. 

“Enquanto o analista técnico faz suas análises se baseando nas variações de preços de um ativo e no seu comportamento ao longo de um determinado período, o fundamentalista leva em conta o valor da empresa através da leitura de balanços, resultados trimestrais e outros dados que indicam a saúde do negócio em si. É uma análise mais geral”, explica Salomão.

Na prática, esses profissionais também integram equipes diferentes. Enquanto o analista fundamentalista tem o foco de suas análises mais voltado para o médio e longo prazo, as recomendações do analista técnico são mais focadas no curto prazo. 

Segundo Betina, além de gostar do mercado financeiro, o profissional que trabalha com a análise de ações precisa ser detalhista, atencioso, questionador e gostar muito de estudar e aprender. 

“Acho que é uma profissão que une muitas habilidades, tanto analítica e técnica quanto de comunicação e relacionamento. Por isso, é importante também ter isso em mente e lembrar que essas também são habilidades adquiridas, que podem ser desenvolvidas com o tempo”, afirma.

Aos que desejam se destacar na profissão, Salomão recomenda ter muita dedicação.

“É preciso pensar fora da caixa e entender ao máximo a dinâmica da empresa/setor que você analisa, tanto qualitativamente quanto quantitativamente. Além disso, aprender e estudar sobre stock picking também é bastante importante para um  profissional da área.”

Stock Picking é o processo de seleção das ações que irão compor uma carteira de ativos. Esse processo é formado pela combinação de diversas estratégias de análise das empresas e do cenário econômico atual.

“O analista precisa lembrar que ele está mais do que analisando apenas ações. Ele precisa olhar para os detalhes humanos da empresa em questão, ou seja, quem são as pessoas que estão por trás dessa empresa e qual é o interesse delas. Isso tudo é fundamental para encontrar bons negócios”, afirma Salomão. 

Se você tem interesse em saber mais sobre o processo de Stock Picking e entender o caminho para se tornar um analista de ações, conheça série “Analista Stock Picker – O Profissional da Nova Década”.

Como me tornar um analista de ações?

Para atuar como um analista de ações, é obrigatório tirar o certificado CNPI (Programa de Certificação Nacional), para que o profissional esteja de acordo com a Apimec (Associação dos Analistas Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais) e dentro das exigências da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Para além dessa certificação, Betina sugere o CFA (Chartered Financial Analyst), que é um dos certificados mais concorridos do mercado financeiro no Brasil e no Mundo.

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“Não é obrigatório, mas o CFA é um certificado muito interessante tanto para a pessoa estudar sobre o assunto quanto em termos de credibilidade no mercado”, afirma a analista. 

Sobre as perspectivas para quem pensa em ingressas na profissão, Salomão é otimista. 

“Acho que essa é uma área que tem muito a crescer. O mercado financeiro como um todo está crescendo e creio que essa profissão deve seguir o mesmo caminho.”

Se você deseja se tornar um analista de ações de sucesso, conheça a série “Analista Stock Picker – O Profissional da Nova Década”, do InfoMoney em parceria com o Ibmec, e ingresse em uma das profissões mais promissoras do mercado financeiro.

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