A diferença entre um chefe e um líder, segundo Thiago Nigro

Para o Primo Rico, o líder que busca dar escala a uma empresa precisa conhecer o momento de cada um dos seus liderados — e dar o exemplo

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SÃO PAULO – Não há negócio que ganhe escala sem uma liderança forte e alinhada ao momento de seus subordinados. Essa é a avaliação de Thiago Nigro, o Primo Rico, que realizou neste domingo (12) a décima primeira live do Desafio 21Dias. Para ser avisado da próxima transmissão, basta clicar aqui.

Segundo o especialista em investimentos, o papel do líder é fundamental para que os colaboradores evoluam e passem a liderar dentro da própria empresa. Para que isso flua de forma satisfatória, Nigro sugere que gestores e empreendedores se atentem a alguns conceitos importantes.

O primeiro é o entendimento de que existem diferentes tipos de liderança — e que cada um deles deve ser aplicado em um momento distinto. “Você não é um único tipo de líder, você tem que liderar de forma diferente de acordo com a situação”, defende.

O primeiro tipo de liderança, segundo Nigro, é a liderança democrática. Neste contexto, o líder se dirige a pessoas de nível hierárquico e intelectual similar ao dele. Assim, seu papel é menos o de dar ordens e mais o de conduzir discussões para que elas sejam o mais produtivas possíveis.

“Ele vai pedir ideias, fazer as pessoas discutirem, jogarem insights e pensarem junto com ele”, afirma.

O segundo tipo de liderança, diz o especialista, é a liderança autocrática. Esse modelo deve ser aplicado no contexto em que a pessoa liderada ainda precisa ser direcionada. É o caso, por exemplo, de um estagiário que acabou de entrar para uma empresa.

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“O cara acabou de começar na empresa, não tem conhecimento de nada. O que você vai fazer? Perguntar o que ele pensa disso tudo?” questiona. “Não, você vai direcionar um pouco mais. Ele não tem bagagem, não tem conhecimento. Esse é o momento de você exercer a liderança autocrática”.

O último tipo de liderança abordado por Nigro é a liderança liberal, cenário em que a pessoa conquista a autonomia para tomar decisões por conta própria.

“Essa pessoa tem muito resultado, se provou com o tempo, tem respaldo, sabe o que fazer. Ela vai tocar o barco, ela merece isso daqui, já se provou. Então esse é o momento de exercer a liderança liberal”, argumenta.

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Delegar x “delargar”

Também cabe ao líder garantir que seus subordinados passem por algumas etapas de amadurecimento dentro da equipe — associadas aos diferentes graus de autonomia.

São elas a instrução, quando um funcionário inicia em uma empresa; a orientação, que deve ser feita durante a evolução do colaborador; e o suporte, em que cabe ao líder apenas delegar e oferecer seu auxílio quando necessário.

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“Você precisa pensar dessa forma tanto quando está montado um time de líderes, como quando está sendo liderado”, defende Nigro. “As pessoas cometem o erro de delegar para quem precisa de instrução, confundem delegar com ‘delargar’. E se você ‘delarga’, você não tem escala, você não enriquece.”

Chefe x líder

Na live, Nigro também aproveitou para estabelecer algumas diferenças entre os conceitos de chefe e de líder. Segundo ele, o chefe manda, enquanto o líder orienta. “O líder é quase um mentor, todo mundo quer ter um porque ele faz você crescer.”

De forma análoga, Nigro acredita que o chefe obriga, enquanto o líder dá o exemplo. “Ele é o único que pode falar ‘eu estou fazendo aqui, vamos fazer juntos, eu cheguei mais cedo que você, vou embora mais tarde que você’”, diz.

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Há ainda uma série de outras diferenças de natureza entre os dois adjetivos. “O líder pede opinião, o chefe não. O chefe dá as costas, o líder dá os ouvidos. O chefe é temido, o líder é adorado”, exemplifica.

Uma das diferenças mais importantes, contudo, é a coragem para assumir os erros do próprio time. “O chefe terceiriza a culpa, e nunca a assume para si. O líder fala ‘eu errei’, desculpa, a gente vai melhorar.”

Magic number

Nigro aproveitou a transmissão deste domingo para explicar seu conceito de magic number. Segundo o especialista em investimentos, esse é o ponto crítico em que as aplicações do investidor passam a ganhar tração de forma mais acelerada.

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Isso porque, pela primeira vez, os rendimentos periódicos desses ativos passam a ser suficientes para a aquisição de novos papéis — de forma a aumentar o bolo de forma exponencial.

“O número mágico é a quantidade de cotas necessárias para que o rendimento [proveniente delas] permita que você aumente o número de ativos. Se você não aumentar o número de ativos, você não enriquece”, defende.

Para entender como calcular o magic number e ser avisado de todas as lives do Primo Rico, você pode acessar o canal do Desafio 21Dias no Telegram. Para isso, basta clicar aqui agora. É 100% gratuito.

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