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SÃO PAULO – Enquanto países europeus e norte-americanos freiam os aumentos salariais dos executivos do mercado financeiro, o Brasil teve a maior alta salarial no ano passado. Mais de 71% dos profissionais do setor receberam aumento, informou uma pesquisa global da Michael Page, realizado em 47 países.
Além do Brasil, países considerados emergentes também melhoraram as remunerações em 2012. No México, o número de profissionais do mercado financeiro que recebeu aumento chegou a 67%. Em relação à média global, os profissionais latino-ameircanos também receberam bônus mais vantajosos. Cerca de 32% dos profissionais do mundo receberam bônus de até 10% do salário, já os profissionais da América Latina, 32% receberam bônus de 20% a 50%.
Segundo o gerente da Michael Page, Luis Felipe Granato, alguns fatores mostram o crescimento salarial nos países da América Latina. “Vivemos em um período que a população da América Latina é economicamente mais ativa do que a da Europa, por exemplo. No Brasil, os executivos ainda estão em crescimento agressivo, ao contrário do que acontece em outros continentes, como a Europa”, explica.
Outro ponto importante descrito pelo executivo é que a inflação no Brasil é maior do que na Europa, o que pode influenciar no reajuste salarial anual. Em relação ao estudo de 2011, apenas 39% dos profissionais brasileiros tiveram aumento salarial.
De acordo com a pesquisa, os salários no Brasil já se aproximam das remunerações da Europa e dos Estados Unidos. Contudo, com a alta do dólar, os salários podem se nivelar, “mas é fato que os executivos do mercado financeiro de São Paulo estão no mesmo nível de Wall Street, por exemplo.”
Por atividade
Ainda segundo Granato, de um modo geral, todos os profissionais tiveram um aumento considerável. Porém, quando analisado o organograma em forma de pirâmide, os profissionais de base e suporte à primeira gestão tiveram as maiores altas salariais. “Isto porque são profissionais em crescimento e com base salarial menor. Quando olhamos para o crescimento, esta é a população de profissionais que mais é impactada”, completa.