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Dois terços dos reajustes salariais negociados em outubro ficaram acima da inflação (67,8% do total), segundo boletim mensal da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O relatório mostra também que 16,6% das negociações garantiram reajuste igual à inflação e 15,5% ficaram abaixo disso.
O reajuste mediano ficou em 8,1%, segundo a Fipe, contra 7,2% do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado nos últimos 12 meses. O boletim Salariômetro – Mercado de Trabalho e Negociações Coletivas aponta também que o piso mediano em outubro foi de R$ 1.518.
Foram analisados 283 negociações salariais que tiveram correção. Segundo a fundação, percebe-se um movimento de reajustes acima do INPC de 2021 para 2022.
Prévia de novembro
Entre os dados divulgados, a Fipe apresentou também uma prévia do salariômetro de novembro (com base em 43 acordos). A previsão é que o reajuste médio fique em 7,3%, com 62,8% das negociações ficando acima da inflação medida pelo INPC.
Reajuste por atividade
O setor que teve o maior reajuste mediano real no acumulado do ano, entre janeiro e outubro, foi a indústria de joalheria (com reajuste 0,76 ponto percentual acima da inflação). Em seguida vem o setor de vigilância e segurança privada, que teve 0,26 p.p. de ganho real.
Na outra ponta da lista estão as empresas jornalísticas, que no ano tiveram índice de reajuste mediano real de 3,52 ponto percentual abaixo da inflação. O penúltimo da lista é o setor de radiodifusão e televisão, com reajustes 2,41 p.p. abaixo da inflação.
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Metodologia
O acompanhamento das negociações coletivas é feito por meio de acordos e convenções registrados no mediador do Ministério da Economia.
A Fipe coleta os dados e informações disponíveis no sistema, tabula e organiza os valores observados para 40 resultados da negociação coletiva, reunidos em acordos e convenções (e também por atividade econômica e setores econômicos).