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A startup de segurança cibernética Wiz recusou uma oferta de aquisição de até US$ 23 bilhões feita pelo Google (GOOGL), da Alphabet, mantendo. Em vez disso, tem um plano para fazer uma oferta pública inicial (IPO).
A rejeição será um golpe para o Google, que está tentando alcançar a Microsoft (MSFT34) e a Amazon (AMZO34) em um mercado de serviços em nuvem intensamente competitivo. O Google, que comprou a empresa de segurança cibernética Mandiant por US$ 5,4 bilhões há apenas dois anos em sua segunda maior aquisição, poderia ter usado a Wiz para completar suas ofertas de segurança. A startup sediada em Nova York se conecta a provedores de armazenamento em nuvem, como Amazon Web Services e Microsoft Azure, e verifica os dados armazenados lá em busca de riscos de segurança.
“Dizer não a ofertas tão humilhantes é difícil, mas com nossa equipe excepcional, sinto-me confiante em fazer essa escolha”, disse o CEO da Wiz, Assaf Rappaport, em um memorando aos funcionários visto pela Bloomberg News. Os próximos marcos da empresa são atingir US$ 1 bilhão em receitas recorrentes anuais e um IPO, disse ele.
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A Wiz decidiu que, em última análise, poderia valer mais como empresa pública, e as preocupações sobre o potencial de um processo prolongado de aprovação regulatória também a encorajaram a permanecer independente, disseram pessoas com conhecimento do assunto, pedindo para não serem identificadas porque as negociações eram privadas. A Alphabet também abandonou recentemente sua busca pela HubSpot, fabricante de software de gerenciamento de relacionamento com clientes, informou a Bloomberg anteriormente. Esse acordo também poderia ter atraído o escrutínio regulatório se tivesse ido adiante.
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Um alvo de aquisição tão grande como o da Wiz teria sido incomum para uma grande empresa de tecnologia como a Alphabet, e o Google já enfrenta vários desafios dos reguladores. Isso inclui uma ação judicial movida pelo Departamento de Justiça dos EUA, acusando-o de abusar de sua posição dominante nas buscas, e outra relacionada às suas ferramentas de publicidade digital.
Um representante da Wiz se recusou a comentar as preocupações antitruste. Representantes do Google não responderam imediatamente aos pedidos de comentários. O Wall Street Journal relatou pela primeira vez a rejeição.
Passo atrás no mercado?
o Google tem procurado desenvolver as suas capacidades em segurança cibernética como um ponto chave da sua estratégia para ganhar quota de mercado na computação em nuvem, onde ainda está atrás da Amazon e da Microsoft. Mesmo assim, a gigante das buscas vem ganhando terreno e essa unidade reportou lucro pela primeira vez no ano passado.
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O acordo com a Mandiant aumentou a credibilidade da gigante da tecnologia no espaço. Em uma conferência em Las Vegas este ano, o Google apresentou como seu modelo Gemini AI poderia ser usado para ajudar os clientes a analisar ameaças e solucionar possíveis vulnerabilidades.
Eric Doerr, vice-presidente de engenharia de segurança em nuvem, enquadrou a IA como uma ferramenta para ajudar as empresas a serem mais proativas na segurança cibernética. “O que de outra forma seriam tarefas de investigação muito manuais” pode ser auxiliado pela IA, disse ele numa entrevista no início deste ano.
A oferta da Alphabet avaliou a Wiz em quase o dobro de sua última arrecadação de fundos. Aquela rodada de maio, que atraiu investidores como Andreessen Horowitz, Lightspeed Venture Partners e Thrive Capital, avaliou a empresa de quatro anos em US$ 12 bilhões.
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“A validação de mercado que experimentamos após esta notícia apenas reforça nosso objetivo – criar uma plataforma que tanto as equipes de segurança quanto de desenvolvimento adorem”, disse Rappaport no memorando aos funcionários.
Investidores e analistas atribuem a ascensão meteórica da Wiz à sua identificação precoce da segurança na nuvem como um campo pouco frequentado, com uma base de clientes rica e crescente. A Wiz diz que 40% das empresas da Fortune 100 são seus clientes e que estava obtendo US$ 350 milhões em receitas recorrentes anuais.
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