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SÃO PAULO (Reuters) – A maior volatilidade de preços da energia elétrica no mercado livre brasileiro ao longo de 2024, em função de um cenário desfavorável de chuvas, fez com que a negociação de contratos de energia na plataforma eletrônica BBCE triplicasse frente ao ano anterior, para R$ 88,4 bilhões.
Foram transacionados mais de 100 mil contratos de energia, um crescimento de 324% em relação ao ano anterior, disse a BBCE, que lidera as negociações de contratos com entrega física e que nos últimos anos começou a oferecer também derivativos, mirando principalmente operações de “hedge”.
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Em volume de energia, foram aproximadamente 600 terawatts-hora (+74%) em 2024, mais do que todo o consumo brasileiro de 531,9 TWh em 2023, apontou a instituição, citando dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
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Depois de dois anos praticamente estagnado, o trading de energia elétrica bateu recordes no ano passado, quando uma seca severa e o aumento da carga ampliaram a volatilidade de preços do insumo no mercado livre, impulsionando os negócios entre comercializadoras, geradoras e consumidores.
Além dos preços mais voláteis, as operações de comercialização de energia elétrica também foram beneficiadas pelo processo de ampliação e amadurecimento do mercado livre, que passa a demandar mais “velocidade, segurança e eficiência”, apontou Eduardo Rossetti, diretor comercial, de produtos, comunicação e marketing da BBCE.
Do volume operado na BBCE em 2024, a maior parte dos negócios em tela envolveu contratos trimestrais (33%), seguidos dos mensais (30%) e anuais (27%).
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(Por Letícia Fucuchima)