Conteúdo editorial apoiado por

Venda de cimento tem nova alta, de 9% em outubro, diz Snic

Crescimento nas vendas decorre do aquecimento do mercado imobiliário, que vem sendo puxado pelo programa Minha Casa Minha Vida e por um mercado de trabalho positivo

Reuters

Visão aérea da fábrica da Votorantim Cimentos em Goiás (Divulgação/Votorantim Cimentos)
Visão aérea da fábrica da Votorantim Cimentos em Goiás (Divulgação/Votorantim Cimentos)

Publicidade

São Paulo (Reuters) – A comercialização de cimento no Brasil teve novo avanço em outubro, crescendo 9% sobre um ano antes e ficando levemente acima do vendido em setembro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (8) pela associação de fabricantes do material, Snic.

O volume vendido em outubro somou 5,921 milhões de toneladas, de 5,425 milhões de toneladas registradas no mesmo mês de 2023. Em setembro deste ano, a comercialização somou 5,8 milhões de toneladas.

O Snic afirmou que o crescimento nas vendas decorre do aquecimento do mercado imobiliário, que vem sendo puxado pelo programa Minha Casa Minha Vida e por um mercado de trabalho positivo.

Com o desempenho dos últimos meses, as vendas de 2024 devem crescer cerca de 3%, para 64 milhões de toneladas, afirmou a entidade. No acumulado do ano até o mês passado, as vendas de cimento no Brasil somam 54,6 milhões de toneladas, expansão de 4,6% sobre o mesmo período de 2023.

O retorno do ciclo de alta de juros, contudo, é visto como um fator que pode determinar uma taxa de crescimento do consumo do produto em 2025 menor do que em 2024. “A trajetória de alta da taxa de juros sinaliza cautela nas perspectivas da indústria brasileira para o ano de 2025”, afirmou o Snic.

Em outubro, todas as regiões do país mostraram crescimento nas vendas de cimento, com destaque para expansão de quase 16% no Sul, após a tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul. Enquanto isso, no Norte, cujo sistema de transporte fluvial tem sido afetado pela seca, as vendas cresceram 0,7%, segundo os dados do Snic.