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As usinas de cana-de-açúcar e as produtoras de etanol de milho que atuam no país partiram para o ataque. A partir de 18 de janeiro, e ao longo dos próximos seis meses, o setor estará nas rádios, TV’s, internet e redes sociais com uma campanha publicitária para promover o uso de etanol pelos brasileiros.
Encabeçada pela União da Indústria de Cana-de-açúcar e Bioenergia (Unica), entidade que representa as usinas do Centro-Sul, a campanha terá dez vídeos, quatro spots de rádio, além de peças para internet. O valor do investimento não foi revelado.
A entidade descarta a ideia de que a campanha esteja relacionada a uma questão conjuntural de excesso de oferta e queda dos preços do etanol. A expectativa é que ocorra, sim, um aumento no consumo, porém a partir de uma conscientização do consumidor a respeito dos benefícios econômicos, sociais e ambientais do biocombustível.
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O Brasil nunca produziu tanta cana quanto nesta safra 2023/24, que será encerrada apenas em março. As usinas processaram praticamente 645 milhões de toneladas, volume que ainda poderá sofrer algum incremento nos próximos meses. Até agora, o crescimento foi de 18%.
No caso do etanol, a produção não foi recorde, mas foi a maior desde o início da pandemia. Em 2023, o setor elevou a oferta em 13%, para 35 bilhões de litros. Desse total, 29 bilhões foram produzidos a partir da cana e 6 bilhões de litros a partir do milho.
“Trata-se de uma campanha educacional, pedagógica, estrutural. O que está na mesa hoje, antes de preço, é: vamos manter a vida sobre a Terra como nós a conhecemos hoje ou não?”, disse Evandro Gussi, presidente da UNICA.
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Na avaliação do executivo, o etanol é a maneira mais rápida, fácil, prática e barata de fazer a transição energética na área da mobilidade. Para ele, o Brasil é o único país do mundo onde é possível descarbonizar o ambiente, economizando.
Nos cálculos da Unica, desde o lançamento do motor flex, em 2003, os consumidores economizaram R$ 110 bilhões no abastecimento dos veículos usando etanol. O valor leva em conta apenas os períodos em que o etanol ficou abaixo do diferencial de rendimento técnico da gasolina, o famoso 70%.
“Se não tivesse veículo flex, se não tivesse etanol, o consumidor teria desembolsado R$ 110 bilhões a mais. Só no último ano [2023], foram R$ 7 bilhões de redução de gastos”, disse Luciano Rodrigues, diretor de inteligência setorial da Unica.
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A campanha terá uma pegada mais leve. O humorista Rafael Portugal foi escolhido como garoto-propaganda e abordará consumidores nos postos. A ideia é eliminar alguns mitos ainda existentes, identificados em uma pesquisa realizada em 2022.
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