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Janeiro chegou ao fim, mas a esperança das usinas em uma reação dos preços do etanol hidratado ainda não. O valor médio recebido pelas indústrias no mês passado foi o menor desde setembro de 2020. Em 12 meses, a queda é de quase 30%.
A baixa reflete uma safra recorde, com o maior volume do biocombustível já produzido na história. Diante da oferta abundante, o valor médio de janeiro de 2024 foi de R$ 1,914 por litro, em plena entressafra da produção nacional.
A situação é tão crítica, que a União da Indústria de Cana-de-açúcar e Bioenergia (UNICA) lançou em meados de janeiro uma campanha de estímulo ao consumo. A entidade jura que as rações para o investimento da ordem de milhões de reais não se deve aos preços baixos e estoques elevados, mas sim, às questões ambientais.
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Rodando há duas semanas, a campanha dá sinais de estar surtindo algum efeito. Na última semana de janeiro, o preço do etanol hidratado teve a maior alta semanal da safra 2023/24. As usinas voltaram a receber mais de R$ 2 por litro.
Agora, a expectativa é que a tendência se mantenha. Além do estímulo ao consumo com a campanha, os preços da gasolina devem subir e dar mais competitividade ao biocombustível. Desde ontem, os Estados elevaram de 18% para 20% a alíquota de ICMS sobre a gasolina.
O mercado ainda não reagiu, mas, para quem esperou até agora, a esperança é que o etanol volte a apresentar margens mais atraentes.
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