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A comercializadora Trinity Energias Renováveis fechou um acordo com a Evolua Energia para a criação de uma joint venture para atuar no varejo do mercado livre de energia elétrica. O objetivo da parceria é levar para o ambiente de contratação livre a experiência no contato com o cliente final de menor porte que a Evolua desenvolveu ao atuar na geração distribuída compartilhada.
As empresas esperam atingir 10 mil clientes em quatro anos, com foco sobretudo em pequenas e médias empresas que consomem de 30 a 50 quilowatts por mês. A expectativa é aproveitar a abertura do mercado livre de energia.
Ao entrar no ambiente de contratação livre, o cliente deixa de consumir a energia elétrica que é fornecida pela distribuidora local e passa a escolher o supridor, em uma negociação direta com a comercializadora ou com uma empresa de geração.
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No Brasil, essa escolha ficou disponível a partir de janeiro de 2024 a todos os clientes de média e alta tensão, depois de anos de uma abertura gradual aos maiores consumidores.
De olho em clientes menores
A chegada desses clientes com perfil de consumo menor ao mercado motivou a parceria entre a Evolua e a Trinity.
Como sua empresa pode aproveitar o mercado livre de energia
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Segundo o CEO da Evolua, Tarcísio Neves, a ideia é aproveitar a experiência da empresa no mercado de geração distribuída para simplificar e automatizar processos, além de ter uma abordagem mais próxima e personalizada com os consumidores.
“Esse segmento requer velocidade de atuação. Faz diferença apresentar o produto de uma forma bastante simplificada de fácil entendimento, automatizada. Foi nisso que a gente se especializou”, diz.
“A gente conseguiu construir algo que torna essa experiência do cliente na contratação muito fácil”, acrescenta.
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Na geração distribuída compartilhada, os clientes que não têm disponibilidade de espaço para instalar módulos fotovoltaicos, pagam uma assinatura e usufruem dos créditos gerados em uma usina instalada na mesma área de concessão da distribuidora em que estão localizados. Essa opção está disponível a todos os consumidores, sem necessidade de volume mínimo de consumo. Por isso, tende a atrair clientes com uma demanda menor.
Perfis complementares
A Evolua tem 100 megawatts (MW) de usinas solares em operação e pretende dobrar o portfólio até o final de 2025, com projetos em oito estados no Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. Já a Trinity atua na geração e comercialização de energia no mercado livre, com um volume de transações equivalente a mais de 1,5 bilhão de quilowatts-hora (kWh) por mês.
A ideia é combinar a experiência da Evolua nas negociações com os clientes e o
conhecimento da Trinity no mercado livre.
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O CEO da Trinity, João Sanches, lembra que o pós-venda no ambiente de contratação livre e na geração distribuída são diferentes, já que o cliente do mercado livre demanda uma atuação mais próxima.
“Tem ali uma inteligência para fazer a compra da energia que vai ser fornecida para o cliente, administração de portfólio, análise de risco”, explica.
Segundo Sanches, há tendência de uma consolidação nesse mercado com a chegada de novas empresas interessadas em participar do comércio varejista de energia.
“Como é um novo mercado, tem muitos novos entrantes de grande escala e pequenas empresas já que atuam no setor, então a tendência é que o mercado vá se consolidando. Isso já começou a acontecer”, afirma.
Preparativos para o futuro
Os executivos afirmam que a parceria também já é uma preparação de longo prazo para a eventual abertura do mercado livre aos consumidores de baixa tensão, incluindo os clientes residenciais. O governo está discutindo as regras para essa abertura, que deve ocorrer apenas na próxima década.
“Nós vamos caminhar para encarar desafios mais complexos num futuro próximo”, diz o CEO da Evolua. Ele ressalta que é importante que esse processo seja embasado em discussões técnicas e harmônicas para garantir previsibilidade e racionalidade para o setor elétrico.
“A gente tem uma preocupação muito grande de que o setor como um todo retome um eixo técnico, um eixo de discussões equilibradas, para que a gente trate adequadamente a alocação das políticas públicas, a alocação dos subsídios de forma adequada para gerar o melhor resultado para a sociedade”, diz.
“Hoje a gente vê muito ruído, isso traz uma certa imprevisibilidade para quem atua no setor”, acrescenta.
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