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A Toyota deve ter uma nova fábrica de veículos em seu complexo industrial em Sorocaba (SP) até 2026 que deverá aumentar em 50% a capacidade atual da instalação na cidade, afirmou o presidente da montadora no Brasil, Evandro Maggio, nesta quarta-feira (5).
“O projeto Sorocaba 2 termina em 2026. Vamos praticamente espelhar a planta”, disse o executivo em entrevista a jornalistas.
A fábrica da Toyota em Sorocaba tem capacidade atualmente para produzir cerca de 170 mil veículos por ano. Na unidade, a companhia produz modelos como o utilitário esportivo Corolla Cross, incluindo a versão híbrida flex, e o hatch Yaris.
A montadora atualmente está em um processo gradual de transferência de suas atividades produtivas em Indaiatuba (SP), que tem capacidade anual para cerca de 76 mil veículos por ano, para Sorocaba, a 50 quilômetros de distância da unidade onde atualmente é produzido o sedã Corolla.
A transferência deve terminar em 2026, afirmou Maggio, que desde março é o primeiro presidente brasileiro da montadora japonesa no Brasil.
Segundo ele, com a construção de Sorocaba 2, a Toyota vai ter condições de montar baterias para veículos híbridos flex no Brasil nos próximos anos. A montadora japonesa vai procurar ter versões híbridas flex de todos os lançamentos de veículos que fizer no Brasil a partir deste ano, afirmou.
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A Toyota anunciou no início de março plano de investimento de R$ 11 bilhões no Brasil até 2030.
Maggio afirmou que dos R$ 11 bilhões do plano de investimento, cerca de R$ 5 bilhões serão usados na expansão de Sorocaba e transferência das operações de Indaiatuba para o complexo, além do lançamento de dois carros, sendo um compacto híbrido em 2025 e um outro veículo que virá depois que a fábrica ampliada ficar pronta em 2026.
“Uma parte vai para nosso compacto híbrido. Estamos com ele no ‘pipeline’ para o ano que vem”, afirmou. “Tem outro veículo também que está em desenvolvimento, exclusivo para a região (da América Latina)”, acrescentou sem dar detalhes.
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Questionado sobre publicações da imprensa local acerca de eventual venda da fábrica em Indaiatuba para montadoras chinesas, Maggio afirmou que não é foco da companhia no momento, mas reconheceu que a tendência é a montadora se desfazer da unidade.
Não seria a primeira vez que um grupo asiático ficaria com uma fábrica de veículos de uma montadora estabelecida no Brasil. A Ford vendeu sua fábrica em Camaçari (BA) para a BYD e a Mercedes-Benz vendeu uma fábrica no interior de São Paulo para a também chinesa GWM.
Indaiatuba tem questões desde escassez de espaço disponível para expansão até de atualização tecnológica, afirmou, citando que a Toyota vai em “algum momento” ter uma produção simultânea do Corolla nas duas fábricas durante o processo de transferência das instalações.
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Sobre os R$ 6 bilhões restantes do plano de investimento, Maggio afirmou que a Toyota estuda uma nova gama de modelos para lançar no Brasil a partir de 2026 que deve colocar a montadora em novos segmentos no mercado nacional.