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Telegram removerá alguns recursos usados em crimes, diz fundador Pavel Durov

Estamos comprometidos em transformar a moderação do Telegram de uma área de críticas em uma área de elogios, diz o fundador

Reuters

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O fundador do Telegram, Pavel Durov, disse nesta sexta-feira (6) que o aplicativo de mensagens abordará as críticas à moderação de conteúdo e removerá alguns recursos que foram usados para atividades ilegais.

Durov, que foi colocado sob investigação formal na França na semana passada, por conexão com o uso do Telegram para crimes como fraude, lavagem de dinheiro e compartilhamento de imagens de abuso sexual infantil, anunciou a medida em uma mensagem para seus 12,2 milhões de assinantes na plataforma.

“Embora 99,999% dos usuários do Telegram não tenham nada a ver com crimes, os 0,001% envolvidos em atividades ilícitas criam uma imagem ruim para toda a plataforma, colocando em risco os interesses de quase um bilhão de usuários”, escreveu o empreendedor de tecnologia nascido na Rússia.

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“É por isso que neste ano estamos comprometidos em transformar a moderação do Telegram de uma área de críticas em uma área de elogios.”

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Durov não detalhou como o Telegram conseguirá isso. Mas ele disse que já havia desabilitado novos uploads de mídia para uma ferramenta de blog autônoma “que parece ter sido mal utilizada por atores anônimos”. Ele também removeu um recurso pouco utilizado de Pessoas Próximas que “tinha problemas com bots e golpistas”.

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As mudanças são as primeiras que ele anuncia desde que foi preso no mês passado na França e interrogado por quatro dias, antes de ser colocado sob investigação formal e liberado sob fiança.

O caso repercutiu na indústria global de tecnologia, levantando questões sobre os limites da liberdade de expressão online, o policiamento das plataformas de mídia social e se seus proprietários são legalmente responsáveis pelo comportamento criminoso dos usuários.

O advogado de Durov disse que era absurdo investigar o chefe do Telegram em conexão com crimes cometidos por outras pessoas no aplicativo.

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Katie Harbath, ex-diretora de políticas públicas da Meta que agora aconselha empresas sobre questões tecnológicas, disse: “É bom que Durov esteja começando a levar a moderação de conteúdo a sério, mas, assim como Elon (Musk) e outros CEOs de tecnologia que administram plataformas de discurso descobriram, se ele acha que isso será tão simples quanto fazer algumas pequenas mudanças, ele vai ter um rude despertar.”

O Telegram também removeu de sua página de Perguntas Frequentes a informação de que não processa denúncias sobre conteúdo ilegal em chats privados, porque tais chats são protegidos.

Durov não se referiu a essa mudança em sua mensagem, na qual também disse que o Telegram havia atingido 10 milhões de assinantes pagos.

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Em uma postagem anterior na quinta-feira (5), Durov disse que o Telegram não era perfeito. “Mas as alegações em algumas mídias de que o Telegram é algum tipo de paraíso anárquico são absolutamente falsas”, escreveu. “Nós removemos milhões de postagens e canais prejudiciais todos os dias.”

Ele disse que a investigação francesa foi surpreendente, porque as autoridades locais poderiam ter contatado o representante da União Europeia no Telegram, ou o próprio Durov, a qualquer momento para levantar preocupações.

“Se um país não estiver satisfeito com um serviço de internet, a prática estabelecida é iniciar uma ação legal contra o próprio serviço”, escreveu.

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