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Tanure diz em rede social ter compromisso com recuperação da Light: ‘Manter viva a história’

Investidor ligado à gestora WNT falou em 'série de erros de gestão' após a privatização da empresa e disse que as dificuldades financeiras são 'seríssimas'

Iuri Santos

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O empresário Nelson Tanure afirmou nesta sexta-feira (3) ter assumido, consigo mesmo e com a população do Rio de Janeiro, o compromisso de trabalhar pela recuperação da Light e disse que recuperá-la “é manter viva a história da industrialização do Brasil”.

Acionista de referência da companhia, o empresário falou em uma “série de erros de gestão” após a sua privatização culpou também o “gato” (furto de energia). Disse ainda que as dificuldades financeiras são “seríssimas”.

“Além da sequência de erros de gestão, cometidos desde a privatização, um dos motivos centrais dessa crise financeira é o furto de energia – o ‘gato’, infelizmente tão conhecido pela população”, afirma Tanure. “Nos últimos 12 meses, a Light perdeu cerca de R$ 600 milhões com esse problema”.

Em artigo publicado no LinkedIn, o investidor ligado à WNT Gestora de Recursos disse que reverter as dificuldades financeiras são um desafio tão importante quanto urgente, especialmente devido à importância da empresa para a industrialização do Rio de Janeiro e do Brasil.

Afirma ainda que a resolução do problema demandará “muito trabalho e diálogo” e envolverá consumidores, governos, sociedade civil, credores e acionistas.

Em maio, a Light entrou com um pedido de Recuperação Judicial na 3ª Vara Empresarial do estado do Rio de Janeiro, alegando dívidas de cerca de R$ 11 bilhões. Em setembro, o IM Business mostrou que a empresa aprovou um plano para acelerar a saída da recuperação judicial, em acordo com os credores.

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Até maio, Tanure detinha menos de 10% de ações da Light. Mas uma sequência de compras, por meio da gestora WNT, fez a sua participação na empresa subir para pelo menos um terço.

Iuri Santos

Repórter de inovação e negócios no IM Business, do InfoMoney. Graduado em Jornalismo pela Unesp, já passou também pelo E-Investidor, do Estadão.