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“Super Mundial de Clubes” corre risco após negociações com Apple estagnarem

Fifa usaria valor arrecadado com direitos de transmissões para pagar premiações maiores aos clubes

Bloomberg

Flaco López, do Palmeiras, disputa bola com Leo Pereira, do Flamengo, durante partida do Brasileirão (Cesar Greco/Palmeiras)
Flaco López, do Palmeiras, disputa bola com Leo Pereira, do Flamengo, durante partida do Brasileirão (Cesar Greco/Palmeiras)

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O novo “Super Mundial de Clubes” da Fifa atingiu um novo obstáculo, com os clubes mostrando resistência à premiação mais baixa e a dificuldade para encontrar um transmissor para exibir os jogos, disseram pessoas com conhecimento do assunto.

O novo torneio, que será realizado nos Estados Unidos no próximo verão americano para criar expectativa para a Copa do Mundo de 2026, contará com a participação de 32 clubes de todo o mundo em um torneio no estilo da Copa do Mundo.

A Fifa estava em negociações com a Apple para os direitos de transmissão televisiva em todo o mundo, o que ajudaria a pagar os prêmios dos times participantes, segundo fontes. No entanto, as discussões estagnaram e a Figa agora está estudando vender os direitos do torneio para emissoras regionais, acrescentaram as fontes, que pediram para não serem identificadas discutindo informações privadas.

O New York Times foi o primeiro a relatar que o valor do acordo com a Apple poderia ser de cerca de US$ 1 bilhão, um quarto do valor que a Fifa inicialmente buscava.

Desde então, alguns clubes foram contatados pela Fifa para avaliar se eles jogariam por uma premiação menor do que a esperada anteriormente, de acordo com as fontes.

Um porta-voz da Apple se recusou a comentar. Um representante da Fifa disse que há “muitas” partes interessadas em parcerias comerciais e de mídia, e que a entidade está trabalhando diariamente para maximizar a oportunidade para todos os envolvidos.

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“A FIFA tem total confiança e convicção no sucesso comercial e esportivo da nova competição”, disse o porta-voz em comunicado. “A FIFA está em diálogo regular e produtivo com as principais partes envolvidas, incluindo locais potenciais, parceiros de mídia e comerciais, e, é claro, os próprios clubes.”

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, inicialmente planejava lançar o torneio em 2021 na China, mas o projeto foi interrompido devido à pandemia e a uma queda no interesse pelo esporte no país-sede.

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Segundo a Fifa, 29 das 32 vagas disponíveis para o torneio já foram preenchidas, com a participação de alguns dos maiores clubes da Europa, como Real Madrid, Bayern de Munique, Paris Saint-Germain e Manchester City, que enfrentarão equipes de todo o mundo, incluindo Palmeiras, Flamengo e Fluminense. No total, são 12 equipes da Europa, seis da América do Sul e representantes do resto do mundo, incluindo quatro equipes da África e da Ásia.

O torneio também foi criticado pelos sindicatos de jogadores, que afirmam que ele colocará os melhores jogadores de futebol do mundo sob muita pressão física. Essa visão foi apoiada pelo coproprietário do Manchester United, Jim Ratcliffe, que disse em uma entrevista à Bloomberg que há um perigo real de “sobrecarregar” os jogadores com muitas partidas de alto nível.

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