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A brasileira Solinftec anunciou a captação de R$ 150 milhões via Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) para fortalecer o caixa e alongar sua estrutura de dívida. Essa foi a quarta emissão de títulos de dívida da empresa nos últimos quatro anos, que totalizam quase R$ 500 milhões.
A operação tem prazo de pagamento de cinco anos, sendo dois de carência, e foi dividida em duas rodadas. A primeira teve taxa de CDI+5,5%, e a segunda uma remuneração de IPCA+11,69%. O Itaú BBA foi o coordenador da emissão, com a Opea Securitizadora como estruturadora.
“Em 2023 chegamos ao breakeven da nossa operação, o que nos coloca em uma posição interessante. Se as outras emissões foram usadas para impulsionar nosso crescimento, essa nos permite fortalecer nossa estrutura financeira”, afirma Laís, Braido, CFO da Solinftec.
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Se historicamente as metas da empresa estavam atreladas à receita, agora o foco está na desalavancagem. Hoje, a relação dívida líquida/Ebitda está em 4,5 vezes. Com a captação, a Solinftec tem o compromisso reduzir sua alavancagem para 3 vezes nos próximos quatro anos.
Fundada em Araçatuba (SP), a companhia vai encerrar 2023 com uma receita de R$ 300 milhões e Ebitda pouco superior a R$ 60 milhões. Focada inicialmente no monitoramento, coleta e análise de dados agrícolas, a empresa lançou no ano passado sua vertical de robótica.
Os primeiros robôs começaram a ser entregues este ano. As unidades são autônomas, movidas a energia solar, tem capacidade de monitorar 14 milhões de plantas por semana e determinar a necessidade de aplicação de defensivos, fertilizantes ou outros insumos.
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A Solinftec tinha a pretensão de ser o primeiro unicórnio agro do Brasil. A expectativa era que a chancela ocorresse no momento da Série C, prevista para ter ocorrido no segundo semestre do ano passado. Os planos foram adiados e a empresa acabou levantando recursos por meio de emissão de dívidas.
“Não fizemos nenhuma nova rodada de equity, por isso não foi possível medir o valuation da empresa. Mas vamos pensar em uma captação via equity em 2024. A expectativa de valuation [de US$ 1 bilhão] ainda permanece”, disse Laís.
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