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Scala Data Centers investe R$ 6,5 bi em novo complexo em São Paulo; meta é R$ 32 bi

Empresa inaugurou nesta quarta-feira (14) segunda etapa de construções na cidade

Iuri Santos

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A Scala Data Centers inaugura nesta quarta-feira (14) a segunda etapa de seu complexo de Data Centers em Barueri, na região metropolitana de São Paulo. Um investimento somado de R$ 6,5 bilhões está em curso para adicionar seis novos prédios ao Campus Tamboré, parte do compromisso de R$ 32 bilhões em investimentos naquela praça feito pela companhia.

“Na fase 1 foram R$ 4,5 bilhões, na fase 2, R$ 6,5 já investidos e comprometidos. Só para o governo do estado de São Paulo são compromissos de mais de R$ 32 bilhões em investimento”, diz o CEO da Scala, Marcos Peigo, em evento de inauguração. “Quando pensamos no que a inteligência artificial está trazendo, ganhamos uma vocação não só de atender o mercado local, mas ser também um exportador de data centers”, conta.

Dois dos prédios da segunda etapa já estão em operação e ocupados por clientes da Scala; os outros quatro devem ser concluídos até o início do próximo ano. Cada uma das duas primeiras etapas tem uma subestação de energia de 60 MW instalada.

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Ainda há previsão de uma terceira etapa de construção – para ela, uma subestação de energia de 560MW já em produção. Ao término de uma quarta e última fase, o Campus Tamboré deve ter 17 data centers e se tornar o maior da América Latina, com cerca de 450 MW de TI – medida de capacidade para este tipo de empreendimento, nesse caso, o equivalente ao consumo energético de Brasília.

“Mais de R$ 350 bilhões de investimento privado vão tomar corpo no nosso estado nos próximos anos. Desse total, R$ 50 bilhões está em data centers, 14%”, disse o governador Tarcísio de Freitas no evento de abertura. O governo estadual e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), do governo federal, são os responsáveis por licenciamentos e autorizações que permitiram as obras para a linha de transmissão que abastece as subestações.

A Scala iniciou a operação em Barueri em 2020, a partir de um dos data centers comprados da UOL Diveo (hoje Compass.UOL), e expandiu sua infraestrutura a partir dali. A região se mostrou ideal para o negócio em função de sua capacidade de abastecimento energético, conectividade e proximidade à alta demanda da cidade de São Paulo – mas distante o suficiente para comportar toda a estrutura para expansão.

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Hoje, apenas o primeiro data center, adquirido da UOL Diveo, lida com pequenos clientes. Os demais são prédios capazes de comportar toda a tecnologia necessária para o processamento e armazenamento de dados por gigantes da tecnologia, como Google (GOOGL), Amazon (AMZO34) e Microsoft (MSFT34). Os serviços de nuvem em larga escala fornecidos por essas empresas, também chamadas de hyperscalers – ou hiperescaladores – são a base que sustenta as principais aplicações envolvendo tecnologias de inteligência artificial generativa, que deve aumentar a demanda por data center de sete a dez vezes. 

É um modelo de negócio em que a Scala ergue o prédio e instala infraestrutura, como sistemas de refrigeração (fundamentais para os milhares de processadores rodando 24h por dia) e as subestações de energia. Depois, as big techs instalam racks, computadores e redes para processamento e armazenamento. 

Além do Campus de Tamboré, a empresa tem outros data centers em São Paulo, Campinas, São João do Meriti (RJ), Porto Alegre (RS), Comuna Valparaíso (Chile) e Tepotzotlán (México). Projetos na Colômbia e outros estados do Brasil, como Ceará, já estão em desenvolvimento.

Iuri Santos

Repórter de inovação e negócios no IM Business, do InfoMoney. Graduado em Jornalismo pela Unesp, já passou também pelo E-Investidor, do Estadão.