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As vendas de flores e plantas deverão aumentar pelo menos 8% no país neste Dia das Mães em relação ao total movimentado há um ano, consolidando uma tendência de recuperação iniciada em 2022 após as fortes quedas observadas em 2020 e 2021, por causa da pandemia. O Dia das Mães é considerado “o Natal das flores” pelo segmento, por representar 16% das vendas anuais – que incluem mais de 400 espécies de valor comercial e, segundo estimativas, giram mais de R$ 10 bilhões. As outras duas datas mais relevantes para esse mercado são Finados e Dia dos Namorados
Segundo Renato Opitz, diretor do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), a rosa ainda é a flor de corte mais vendida no Dia das Mães. “É o carro-chefe. Prevalece a rosa vermelha, a cor do amor. Antúrios e crisântemos vermelhos também saem bastante nesta época”, afirmou. Em razão do calor, os produtores de rosas tiveram que antecipar a colheita voltada à data. Por mais que as técnicas de plantio e a logística tenham evoluído nas últimas décadas, muitas delas estão sendo comercializadas com os botões em fase inicial de abertura, quando o ideal é que eles estejam fechados, o que sugere ao consumidor uma vida útil maior.
As vendas começaram a ganhar força na quinta-feira, mas é na manhã de hoje a maior concentração. Na maior parte das centrais de comercialização e nas grandes cooperativas de produtores, contudo, a “Operação Dia das Mães” começou no fim de semana passado. É o que aconteceu no entreposto da Ceagesp na capital paulista, que abastece sobretudo o varejo da capital e da Grande São Paulo. “Na semana do Dia das Mães, as vendas costumam crescer de 50% a 60%”, disse Thiago de Oliveira, chefe da seção de economia e estatísticas da Ceagesp.
Em maio de 2023, lembrou, foram vendidas na Ceagesp, em média, 250 toneladas de flores e plantas por semana. Mas na semana do Dia das Mães, o volume subiu para 365 toneladas. Em todo o ano passado, os 560 permissionários da Ceagesp que trabalham com flores e plantas comercializam cerca de 16 mil toneladas, ou mais de R$ 140 milhões. De acordo com Oliveira, apesar do calor não houve falta de produtos para o Dia das Mães no entreposto da estatal federal na capital de São Paulo, e os preços tiveram alta modesta em relação ao ano passado.
Operação Dia das Mães
O movimento também foi intenso nos últimos dias na Ceaflor, central de comercialização criada em 2019 por produtores e empresários em Jaguariúna (SP). Entre os dias 4 e 10, passaram por lá 1,5 mil caminhões e utilitários por dia, o dobro do normal, e o crescimento das vendas foi de quase 10% em relação há um ano. Na Ceaflor, que, afora as cooperativas, se tornou o maior mercado de flores do país, as rosas também são as flores de cortes mais vendidas aos varejistas lotados por filhos com toda a pressa do mundo neste domingo, mas o presidente Antonio Carlos Rodrigues lembra que vasos com arranjos também têm a preferência dos compradores.
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Como na Ceagesp, a Ceaflor recebe flores e plantas de produtores de dezenas de municípios de São Paulo e de Estados como Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, entre outros. E, embora a maior parte dos clientes também estejam em São Paulo, há compradores em até 2 mil quilômetros de distância. “Vendemos para todo o país”, afirmou Rodrigues.
Novidades
Como não poderia deixar de ser, muitas novidades aguardam o Dia das Mães para serem lançadas no mercado. Um bom exemplo é o Sítio Panorama, de Holambra (SP) – um dos principais polos produtores de flores do país -, que lançou no Veiling Market, realizado pela Cooperativa Veiling, a joybera, uma nova variedade de gérbera de maior durabilidade, cores mais vistosas e com mais de uma florada.
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A nova joybera quer fazer parte de uma lista que, no Dia das Mães, é encabeçada por rosas, orquídeas, hortênsias, girassóis, lírios e a própria gérbera, entre muitas outras. São flores para todos os gostos. As mães agradecem!