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O ministro dos Transportes, Renan Filho, prevê que os trechos das rodovias BR-381 e BR-040, ambos em Minas Gerais, devem estrear o cronograma de leilões de rodovias no próximo ano. O certame para essas duas concessões estava previsto para este ano, porém a falta de interessados na BR-381 fez o governo adiar o remate, enquanto o edital da 040 deverá ser publicado nos últimos dias do ano, o que inviabilizaria uma concorrência ainda em 2023.
“Temos a 040 que vai no primeiro semestre e nós queremos levar novamente a 381 com sua rentabilidade fortalecida”, reforçou o ministro, em conversa com o IM Business após participação no Fórum Político XP, promovido em São Paulo.
Para o trecho da BR-040 entre Belo Horizonte e Juiz de Fora, Renan Filho crê que haverá a atração de mais players por ser um ativo mais conhecido do mercado. “Além disso, teremos leilão da 040 para rotas de desenvolvimento do agronegócio em Goiás e Mato Grosso. Conexões para o Arco Norte, enfim, teremos vários projetos e esperamos fazer 12 leilões no ano que vem”, afirma.
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Já, no caso da BR-381, Filho lembra que o trecho concedido, que vai de Belo Horizonte a Governador Valadares, tem um desafio de construção civil por conta do traçado da pista e sua região montanhosa, o que rende a ela o título de “rodovia da morte”.
“A BR-381 é um grande desafio mesmo e nós estamos fazendo uma leitura completa, precisamos dirimir esse risco geológico e também aumentar a atratividade do projeto”, prossegue.
“Tem que dividir esse risco com o setor público e outra coisa é a própria atratividade e rentabilidade deste negócio, ele precisa ser um pouco superior a outras também para remunerar o risco”, diz Renan Filho, que afirmou que irá entrar no diálogo com as concessionárias para garantir o certame. “Estivemos próximos de garantir a competição no leilão adiado, mas vamos conversar com todos para que consigamos fazer em 2024.”
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Com uma expectativa inicial de quatro leilões para este ano, o governo federal conseguiu leiloar dois lotes de rodovias no Paraná, no qual o consórcio entre Pátria Investimentos e o Fundo Soberano da Arábia Saudita (PIF, em inglês) levaram o primeiro lote com a promessa de R$ 13 bilhões em investimentos em 30 anos, enquanto o segundo lote foi arrematado pelo Grupo ERP, com a promessa de aportar R$ 17 bilhões nos mesmos 30 anos.
“Foi um volume muito grande nesse primeiro ano. Nós mudamos a política e ouvimos o mercado e estamos animados para 2024 por vários motivos, especialmente por encerrarmos o ano com a taxa de juros em queda no Brasil”, reforça.
Por fim, Renan Filho manteve a defesa do equilíbrio entre os investimentos públicos e o controle das contas públicas. O Ministério dos Transportes teve neste ano cerca de R$ 22 bilhões em recursos e deverá terminar o ano com R$ 16 bilhões executados. “Eu nunca fui um ministro que acho que temos que investir mais do que as possibilidades do país. Temos que investir o máximo possível dentro de um arcabouço fiscal sustentável”, disse.
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“Ano que vem devemos precisar de mais recursos porque, obviamente, a infraestrutura nacional precisa de mais recursos, mas eles só virão se tivermos sustentabilidade fiscal”. A expectativa do governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) , é que o governo invista algo próximo a R$ 80 bilhões em quatro anos.
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