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Rock in Rio 2024 traz de Ed Sheeran a Deep Purple – e quer deixar R$ 2,9 bi na cidade

Em entrevista ao InfoMoney, Luis Justo, CEO da Rock World, revela os grandes números e as principais atrações da edição especial em comemoração aos 40 anos do festival

Daniela Rocha

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O Rock in Rio está celebrando 40 anos de história, e os números da edição especial do festival, que começa no dia 13 de setembro, revelam a sua magnitude. Com público aguardado de 700 mil pessoas, a expectativa é que serão movimentados R$ 2,9 bilhões na economia da cidade do Rio de Janeiro.

“Para se ter uma ideia, 60% dos 700 mil pagantes são de fora do estado do Rio de Janeiro. Historicamente, a maioria vem para o festival e aproveita para ser turista no Rio por mais dois ou três dias, beneficiando a hotelaria, restaurantes e outras atrações da cidade”, diz Luis Justo, CEO da Rock World, empresa do setor de entretenimento e organizadora do festival, em entrevista exclusiva ao InfoMoney.

Segundo ele, a capacidade de gestão e inovação foram responsáveis pelo sucesso do Rock in Rio ao longo dos anos. “Trabalhamos para o festival prosseguir relevante e contemporâneo, sem perder os valores da primeira edição. A cada Rock in Rio, apresentamos novos conteúdos e experiências”, afirma.

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A estruturação do megaevento leva exatamente dois anos. “O Rock in Rio acontece a cada dois anos e, por incrível que pareça, quando a gente termina uma edição, já começa a planejar o próximo festival”, conta Justo. No primeiro ano é feito o planejamento operacional e desenvolvimento das atrações, além da prospecção de patrocinadores e apoiadores. Já o segundo ano é dedicado integralmente à execução.

De acordo com o executivo, para edição atual estão envolvidos 32,6 mil colaboradores, entre contratados diretamente pela Rock World e terceirizados. Eles são responsáveis por cuidar de cada detalhe da Cidade do Rock nos sete dias de festival.

Para se ter uma ideia, são sete palcos e a área do megaevento é de 385 mil metros quadrados, o equivalente a 54 gramados do Maracanã. No total, são 112,8 toneladas de cenografia e 100 quilômetros de fiação elétrica.

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Atrações de peso

O Rock in Rio vai proporcionar 500 horas de experiência, incluindo shows de mais de 750 artistas. Por exemplo, o Palco Mundo, que é o maior, com 30 metros de altura e 104 metros de comprimento, terá seis telões de LED e receberá Ed Sheeran, Joss Stone, Katy Perry, Travis Scott, Imagine Dragons, Ludmilla, Lulu Santos, Avenged Sevenfold, Evanescence, Journey, Paralamas do Sucesso, Ivete Sangalo e Cyndi Lauper, entre outros

Luis Justo, CEO da Rock World. (Foto: Rock in Rio/Divulgação)

Por sua vez, o Palco Sunset, com 27 metros de altura e 95 de comprimento, terá entre as principais atrações NX Zero, Deep Purple, Barão Vermelho, Planet Hemp com Pitty, Will Smith, Iza e Gloria Gaynor.

Luis Justo, CEO da Rock World, ressalta que haverá o musical inédito “Sonhos, Lamas e Rock and Roll” que sobre a trajetória do festival. “É um musical estilo Broadway. Assisti ao ensaio geral e é realmente emocionante, pois conta a história do Rock in Rio através de hits”, comenta.

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A Cidade do Rock contará também com a Babilônia Feira Hype. “É uma feira independente de moda no Rio, que já revelou grandes estilistas e marcas”, diz.

De acordo com ele, outra novidade é a Global Village, que parece um parque temático com representações da arquitetura, cultura e gastronomia de vários países.

Por um mundo melhor

Com o lema “Por um mundo melhor”, o Rock in Rio tem um braço de ações socioambientais. “Fazemos doações diretas, damos a possibilidade para os fãs contribuírem no momento da compra dos ingressos e convidamos marcas para apoiar os projetos”, explica Luis Justo, CEO da Rock World.

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Na edição dos 40 anos do festival, um dos destaques é o projeto Favela 3D, no Morro da Providência no Rio, que visa gerar desenvolvimento na comunidade de cerca de 250 famílias. Essa ação conta com apoio da ONG Gerando Falcões, Gerdau e Fundação Grupo Volkswagen. “Além de intervenções para melhorar a infraestrutura na favela do Morro da Providência, há metas de alfabetização, qualificação profissional e geração de renda”, explica Justo.

Outros festivais

A Rock World também é responsável pelo Rock in Rio Lisboa. Em 2024, o festival na capital de Portugal comemorou 20 anos, com 10 edições realizadas.

No Brasil, além do Rock in Rio na cidade maravilhosa, a empresa também organiza e produz o The Town, em São Paulo (SP), que teve início em setembro de 2023 e também ocorre a cada dois anos

Somado a isso, em março deste ano, a Rock World estreou como coprodutora do Lollapalooza, na cidade de SP. “Assumimos este ano a produção desse festival em parceria com a C3 Presents, empresa americana detentora da marca. Já estamos trabalhando na edição de 2025”, diz Luis Justo.