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Roberto Justus fecha com novo investidor para SteelCorp e projeta triplicar produção

Empresa de construção modular está envolvida em projetos com Red Bull Bragantino e Scala Data Centers

Iuri Santos

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A SteelCorp, empresa do segmento de fabricação e construção de projetos de construção modular de Roberto Justus, está em meio a uma nova rodada de captação. Os investimentos devem dobrar o valuation em comparação ao aporte feito pela Reag, gestora que adquiriu 30% de participação na companhia em 2023.

Por enquanto, a empresa não dá detalhes sobre a negociação, como valores ou a participação adquirida pelo novo investidor do mercado financeiro. Documentos já foram enviados ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

“O negócio já foi fechado. É mais uma capitalização – e a última. A próxima, eventualmente, será um negócio de liquidez maior, mas é o último sócio que vou aceitar na empresa. É importante para financiar todo o nosso crescimento”, diz Roberto Justus, CEO da SteelCorp, ao InfoMoney

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Os valores serão usados para apoiar um aumento de três vezes na capacidade produtiva da empresa, na mudança de uma fábrica de 7 mil metros quadrados em Cotia para outra com 17 mil metros quadrados em Cajamar.

Hoje, além da participação da Reag, 52% do capital da companhia pertence a Justus. Sócio de Justus, Daniel Gispert possui 15%, e o sócio responsável pelo SteelBank – braço financeiro da companhia – é dono de 3% das ações.

Roberto Justus, CEO da SteelCorp. (Foto: Divulgação/SteelCorp)

De olho no jogo

Durante a concretização do negócio, a SteelCorp segue fechando projetos em um mercado ainda ascendente no Brasil. Diferentemente dos típicos empreendimentos de alvenaria, responsáveis por aproximadamente 90% das construções do País, a empresa usa a técnica chamada de light steel frame, baseada em estruturas para construções a seco, como aço, gesso e proteções térmicas e acústicas.

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Quem topou deixar de lado o cimento e os tijolos para apostar no método foi o Red Bull Bragantino, clube de futebol sediado na cidade de Bragança Paulista, no interior de São Paulo.

O Braga ficará provisoriamente no estádio municipal Cícero de Souza Marques enquanto sua casa, o Nabi Abi Chedid, entra em reformas para se tornar uma arena.

A SteelCorp foi a escolhida para tocar o projeto de reforma do Cícero de Souza Marques, que envolveu terraplanagem e a construção de uma nova estrutura quase do zero.

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Arquibancada de light steel frame feita pela SteelCorp para o estádio Cícero De Souza Marques. (Foto: Divulgação/SteelCorp)

“Como o Red Bull Bragantino tinha a ideia de fazer esse estádio que vai durar alguns anos, mas não será definitivo, foi a melhor solução na visão deles”, diz Justus. Para o estádio, com capacidade de 10,4 mil pessoas, o período de projeto demorou cerca de quatro meses, aos quais são somados mais seis meses de execução. Um projeto similar em alvenaria demoraria entre um ano e meio e dois anos, conta o executivo.

No modelo de light steel frame, as peças de metal saem da fábrica já nos moldes ideais para a construção, inclusive com estruturas hidráulicas e elétricas. A comparação mais comum é com o clássico brinquedo “Lego”, em que basta encaixar as peças para chegar ao objeto final. O material também pode ser reciclado caso a estrutura seja desmontada.

Construção do estádio Cícero De Souza Marques, que abrigará o Red Bull Bragantino durante reforma do Nabi Abi Chedid. (Foto: Divulgação/InfoMoney)

Os estádios de futebol, no entanto, são apenas um dos mercado para a empresa, que espera faturar R$ 600 milhões em 2024 e R$ 1,5 bilhão em 2025. Sem distinção por segmentos da construção, ela pode tanto preparar a casa do Bragantino quanto atuar em duas de suas outras empreitadas: a construção do complexo de data centers da Sacala Data Centers, em Barueri, ou 42 casas em um condomínio residencial em Indaiatuba. 

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A ideia da SteelCorp é cada vez mais “produzir e projetar” do que “executar” as obras. “No futuro, nosso cenário ideal será fabricar os módulos, seja qual for a necessidade das obras, e deixar que o cliente contrate de terceiros na produção”, afirma Justus.

Iuri Santos

Repórter de inovação e negócios no IM Business, do InfoMoney. Graduado em Jornalismo pela Unesp, já passou também pelo E-Investidor, do Estadão.