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A Rio Tinto anunciou nesta quarta-feira (9) a compra da norte-americana Arcadium Lithium por US$ 6,7 bilhões, em um negócio que fará a companhia se tornar uma das maiores mineradoras de lítio do mundo.
A empresa disse que pagará US$ 5,85 por ação em dinheiro pela mineradora de lítio, um prêmio de quase 90% em relação ao preço de fechamento da Arcadium, de US$ 3,08 por ação, em 3 de outubro, um dia antes de a Reuters informar sobre um possível acordo.
A Rio obterá acesso a minas de lítio, instalações de processamento e depósitos na Argentina, Austrália, Canadá e Estados Unidos com reservas suficientes para décadas de crescimento, bem como uma base de clientes que inclui as montadoras Tesla, BMW e General Motors.
Os preços do lítio caíram devido ao excesso de oferta na China e à desaceleração das vendas de veículos elétricos, o que fez com que as mineradoras do metal surgissem como alvos atraentes de aquisição.
A queda do mercado levou a Rio a agir, disse o presidente-executivo, Jakob Stausholm, à Reuters, vendo o recuo nos preços da commodity como uma oportunidade de adquirir ativos de alta qualidade pelo preço certo.
“Nós realmente queremos lítio para baterias, ou seja, o processamento também. E depois, é claro, gostamos de ser um operador e, se você considerar esses critérios, chegará rapidamente à Arcadium”, disse ele.
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“A maneira como você deve pensar sobre isso é uma espécie de aquisição reversa. Não se trata de cortar custos. É um caso de construção mais rápida e melhor”, acrescentou.
Rumo ao crescimento
O negócio tornará a Rio Tinto um dos maiores produtores do metal para fabricação de baterias, ao lado da Albemarle e da SQM.
O presidente da Arcadium, Peter Coleman, disse que a Rio será capaz de trazer sua experiência em execução e um forte balanço patrimonial para ajudar a desenvolver os ativos da Arcadium.
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“Eles não têm restrições de capital… Para nós, sabemos que os planos de crescimento ainda dependem de uma melhoria no preço nos próximos dois ou três anos, o que é uma melhoria bastante significativa em relação ao ponto em que estamos agora”, disse ele à Reuters.
A Rio pretende transferir seus ativos de lítio existentes para o novo negócio para garantir o crescimento e manter a equipe da Arcadium. “A Rio indicou que está muito interessada em manter sua experiência”, acrescentou.
A combinação de minas ativas da Arcadium, depósitos de lítio com décadas de suprimento e algumas das instalações de processamento mais avançadas do setor complementará a produção de cobre, minério de ferro e outros minerais essenciais da Rio e ajudará a gigante anglo-australiana da mineração a expandir sua presença.
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O balanço patrimonial do Rio poderia facilmente financiar o crescimento sem sobrecarregar as operações existentes da mineradora, disseram investidores e analistas.
Jason Beddow, diretor administrativo da gestora de fundos australiana Argo Investments, que possui ações da Rio, disse que o negócio faz muito sentido. “Sim, é um grande prêmio (pelas ações da Arcadium), mas os papeis foram muito vendidos”, disse ele.
A transação, que foi aprovada por unanimidade pelas diretorias das empresas, deve ser concluída em meados de 2025.