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A Renault reativou as conversas com a Foxconn sobre a venda de sua participação na Nissan. As informações são do jornal Financial Times.
A decisão vem após o colapso das negociações de fusão entre a Nissan e a Honda, o que gerou preocupações sobre a possibilidade de a Renault ficar com ações desvalorizadas da Nissan, que atualmente não possui um novo parceiro estratégico.
Segundo o jornal, fontes próximas ao assunto indicam que a Renault está buscando investidores em todo o mundo, incluindo grandes nomes da tecnologia, como a Apple.
Desde 2023, a Renault tem reduzido sua participação na Nissan, em meio a uma reestruturação da aliança de 25 anos entre as montadoras.
Atualmente, a Renault detém 36% da Nissan, sendo 18,7% dessa participação mantida em um truste francês que a montadora deseja vender.
As negociações com a Foxconn foram impulsionadas por um encontro entre Jun Seki, executivo da Foxconn, e Luca De Meo, CEO da Renault, em dezembro, que teria provocado pânico dentro da Nissan.
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Em um comunicado, a Renault afirmou que está “avaliando todas as opções” e que defenderá vigorosamente os interesses do grupo e de seus stakeholders. A prioridade, segundo a empresa, é a recuperação da Nissan.
As ações da Nissan subiram mais de 7% após a divulgação de que o presidente da Foxconn, Young Liu, havia instruído Seki a se conectar com a Renault.
Entretanto, mesmo que a Renault esteja aberta à venda de suas ações na Nissan, a montadora japonesa possui o direito de preferência, o que pode dificultar a concretização do negócio sem o seu consentimento.
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Ao Financial Times, um banqueiro envolvido em negociações automotivas comentou que a Renault “quer desempenhar um papel ativo na situação”, destacando que a empresa está dividida entre vender e recuperar capital ou continuar envolvida com a Nissan.
A Nissan, por sua vez, também está em busca de um parceiro estratégico no setor de tecnologia, após decidir encerrar as conversas com a Honda para criar a quarta maior montadora do mundo.
As negociações com a Honda fracassaram quando a montadora japonesa exigiu que a Nissan aceitasse um novo acordo para se tornar uma subsidiária integral, alterando a estrutura inicialmente acordada de uma holding conjunta.
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A Nissan enfrenta pressão financeira devido à concorrência de rivais chineses e à falta de ofertas de produtos competitivos, e planeja cortar 9.000 empregos e um quinto de sua capacidade de produção como parte de seus esforços de recuperação.