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Régua ética é a mesma para todos, diz CEO do Itaú, sobre punição a executivos

Ética é inegociável, disse Milton Maluhy Filho, durante apresentação dos resultados do banco no quatro trimestre de 2024

Mitchel Diniz

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No último trimestre do ano passado, o maior banco da América Latina demitiu seu diretor de marketing por uso irregular de cartão de corporativo e, em questão de semanas, protocolou uma ação contra seu ex-diretor financeiro. Ao ser questionado por jornalistas se os casos evidenciam falhas no compliance do Itaú (ITUB4), o CEO da instituição financeira disse que os gestos sinalizam justamente o contrário.

“Eu acho que isso fala bem da governança”, disse Milton Maluhy Filho, durante a apresentação dos resultados do Itaú no quarto trimestre de 2024 e ano cheio.

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No caso de Alexsandro Broedel, o ex-CFO que sendo processado pelo banco por conflito de interesse. Ele é sócio de Eliseu Martins, uma das maiores referências em contabilidade do país, e que prestava serviços ao banco com emissão de dezenas de pareceres técnicos e de consultoria.

“Quando ele [Broedel] veio para o banco, já tinha uma relação de muitas décadas [com Eliseu], o que não foi declarado nem por um, nem por outro”, explicou o CEO. “Uma vez descoberto o ‘evento’, o banco tomou todas as medidas necessárias e cabíveis”.

O executivo disse que “é sempre mais confortável não dar luz para eventos como esse”, e acrescentou que “ética é inegociável”.

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“A gente precisa fazer isso valer para todos os executivos do banco, seja para o analista que acabou de entrar, seja o CEO. Todos estão sujeitos às mesmas regras do ponto de vista ético”, afirmou.

Maluhy explica que, via de regra, a quitação de contas de administradores são publicadas na imprensa por meio de atas, motivo pelo qual o caso Broedel foi revelado.

“O banco atua e continua atuando para recompor qualquer prejuízo que os acionistas tenham tido por conta dessa relação”, afirmou o CEO. “A nossa régua da ética vale para todo mundo”.

Mitchel Diniz

Repórter de Mercados