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As exportações de suco de laranja do país somaram 543,8 mil toneladas equivalentes ao produto concentrado e congelado (FCOJ) e renderam US$ 1,3 bilhão nos seis primeiros meses desta safra 2023/24 (julho a dezembro do ano passado), segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela CitrusBR, entidade que representa Citrosuco, Cutrale e Louis Dreyfus Company, os maiores players do segmento no Brasil e no mundo. Em relação ao mesmo período do ciclo 2022/23, o volume caiu 7,3%, mas a receita foi 20,7% superior, graças à alta dos preços do produto no mercado internacional.
Essa alta decorre justamente da menor oferta brasileira, Por causa de problemas climáticos, a temporada atual é a quarta seguida de oferta restrita de laranja no cinturão citrícolas formado por São Paulo e Minas Gerais, o maior do mundo. Segundo o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), órgão mantido com recursos de produtores da fruta e indústria de suco, a colheita deverá alcançar 307,2 milhões de caixas de 40,8 quilos em 2023/24, 7 milhões a menos que em 2022/23. “A safra da Flórida [que reúne o segundo maior parque citrícola do mundo] é a menor de todos os tempos, e a produção brasileira está na média baixa, o que nos leva a um cenário bastante desafiador do ponto de vista de oferta de produto”, afirma o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto.
A Europa continua a ser o principal destino das exportações de suco de laranja brasileiro. As vendas para aquele mercado nos primeiros seis meses da safra chegaram a 298,8 mil toneladas – os volumes incluem o suco de laranja pronto para beber, convertidos ao FCOJ -, em queda de 10,5% na comparação, mas geraram US$ 754,5 milhões, um aumento de 16,2%. Para os EUA, o volume recuou 1,2%, para 170,2 mil toneladas, e a receita subiu 23,7%, para US$ 432 milhões. Na mesma toada, os embarques para o Japão também caíram em volume (5%, para 13,3 mil toneladas) e aumentaram em valor (30,1%, para US$ 35 milhões). Com os estoques globais baixos em razão da queda da oferta do Brasil, a tendência é que os volumes exportados continuem em queda, com preços firmes.
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