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Real Madrid lidera, mas ingleses são maioria entre clubes mais valiosos

Segundo levantamento da Forbes, cube espanhol tem valor estimado de US$ 6,6 bilhões; 12 posições são de ingleses

Iuri Santos

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O gigante do futebol mundial Real Madrid é o time mais valioso do mundo, segundo levantamento da Forbes publicado na última quinta-feira (23). Embora o clube madrilenho lidere a lista e seja acompanhado de perto por outro espanhol, seu rival Barcelona, os ingleses tomam conta da lista, com 12 das 30 primeiras posições.

Estimado em US$ 6,6 bilhões, o Real teve uma valorização de 9% no último ano, segundo a Forbes. Ele também lidera em arrecadação (US$ 873 milhões em 2023), mesmo com resultado operacional abaixo de outros rivais europeus (US$ 76 milhões). Curiosamente, o clube mais valioso do mundo não é uma empresa, mas uma associação, similar a diversos dos clubes brasileiros que não se tornaram SAFs (Sociedades Anônimas do Futebol).

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Os merengues são acompanhados no topo da lista pelo inglês Manchester United, avaliado em US$ 6,55 bilhões, e pelo Barcelona, de US$ 5,6 bilhões.

Clubes mais valiosos do mundo, segundo a Forbes:

TimePaísValor (em US$)
1. Real MadridEspanha6,6 bilhões
2. Manchester UnitedInglaterra6,55 bilhões
3. BarcelonaEspanha5,6 bilhões
4. LiverpoolInglaterra5,37 bilhões
5. Manchester CityInglaterra5,1 bilhões
6. Bayern de MuniqueAlemanha5 bilhões
7. Paris Saint-GermanFrança4,4 bilhões
8. Tottenham HotspurInglaterra3,2 bilhões
9. ChelseaInglaterra3,13 bilhões
10. ArsenalInglaterra2,6 bilhões
11. JuventusItália2,05 bilhões
12. Borussia DortmundAlemanha1,98 bilhão
13. Atlético de MadridEspanha1,6 bilhão
14. AC MilanItália1,43 bilhão
15. Los Angeles FCEstados Unidos1,2 bilhão
16. West Ham UnitedInglaterra1,1 bilhão
17. Inter MiamiEstados Unidos1,03 bilhão
18. Inter de MilãoItália1 bilhão
19. LA GalaxyEstados Unidos950 milhões
20. Atlanta United FCEstados Unidos900 milhões
21. New York City FCEstados Unidos850 milhões
22. Aston VillaInglaterra800 milhões
23. Newcastle UnitedInglaterra795 milhões
24. Fulham FCInglaterra790 milhões
25. Seattle SoundersEstados Unidos785 milhões
26. Crystal PalaceInglaterra780 milhões
27. D.C UnitedEstados Unidos775 milhões
28. Austin FCEstados Unidos750 milhões
29. Brighton & Hove AlbionInglaterra730 milhões
30. Toronto FCEstados Unidos725 milhões

Chama a atenção a quantidade de clubes ingleses na lista dos 30 mais valiosos do mundo: são 11 além do Manchester United. É um sinal do prestígio da Premier League, liga da elite do futebol no país, e a força de suas marcas. Sempre lembrada pelo nível de competitividade e qualidade do torneio, a liga é, hoje, a mais valiosa do mundo (também segundo a Forbes).

Segundo a publicação, entre os acordos mais recentes para direitos de transmissão das principais ligas europeias, a Premier League tem disparado o melhor negócio. A média anual de arrecadação com transmissões no acordo, que vai de 2026 a 2029, é de US$ 4,21 bilhões (contra US$ 2,19 bilhões anuais da La Liga espanhola, pelo acordo de 2023 a 2027).

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A negociação conjunta de direitos de transmissão por meio de uma liga é um dos principais trunfos de uma organização como essa. No Brasil, há movimentos pela criação de uma liga unificada, mas o que há hoje é apenas a divisão de dois grandes blocos comerciais: a Liga Forte Futebol (LFF) e a Liga do Futebol Brasileiro (Libra), em função da falta de acordo entre clubes.

Não há qualquer representante do Brasil na lista de clubes mais valiosos do mundo, dividida entre europeus e algumas equipes da Major League Soccer (MLS), dos Estados Unidos.

Segundo o relatório Convocados, produzido pela Galapagos Capital em conjunto com a Outfield, de 2022, um cenário de negociação de direitos de transmissão por meio de uma liga destravaria um potencial de até 10,8 vezes o cenário atual por volta de 2040, com base nos múltiplos conquistados pela Premier League. À época da publicação, as conversas pela criação da liga nacional eram mais animadoras.

Iuri Santos

Repórter de inovação e negócios no IM Business, do InfoMoney. Graduado em Jornalismo pela Unesp, já passou também pelo E-Investidor, do Estadão.