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A RDP Energia está investindo R$ 50 milhões para construir a primeira refinaria do Brasil que produzirá biometano a partir de resíduos da indústria de suínos. A unidade será instalada na cidade de Toledo (PR) e deverá entrar em operação em 2026.
A empresa já contratou junto à Central de Bioenergia de Toledo (CBT) 7,3 milhões de metros cúbicos de biogás por ano, que serão refinados para a produção do biometano. A expectativa é que sejam gerados 3 milhões de metros cúbicos de biometano por ano.
A CBT, projeto da CIBiogás com recursos da Itaipu Binacional, será a responsável pela coleta e pelo processamento dos resíduos de suínos do Paraná. O biogás produzido a partir dos resíduos será enviado para a RDP para refino e produção do biometano.
A escolha por Toledo não é por acaso. O município tem o maior rebanho de suínos do Brasil, com pouco mais de 3 milhões de cabeças, segundo o IBGE. Para atender à demanda de gás da RDP, a CBT utilizará os resíduos de 150 mil a 200 mil suínos.
“O oeste do Paraná não é atendido por nenhum gasoduto, o que torna a produção na região interessante. Além disso, vamos criar uma rede de postos de gás natural entre Toledo e Cascavel para fazer parte do ‘corredor azul’, projeto estadual que vai ligar Paranaguá a Foz do Iguaçu com pontos de abastecimento de gás”, afirma Jefferson Rejaile, diretor da RDP Energia.
A refinaria de biogás marcará a estreia da RDP na produção de biocombustíveis. A empresa de 28 anos atua na distribuição regional de combustíveis, com presença em toda a região Sul, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. No ano passado, entre gasolina, diesel e etanol, o grupo comercializou 700 milhões de litros.
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Há cinco anos, o grupo iniciou os estudos para atuar na produção de biocombustíveis, acreditando no crescimento do segmento. “Chegamos a pensar no etanol de milho e no biodiesel. Mas chegamos à conclusão que o biogás seria o caminho mais interessante para entrar no mercado de combustíveis alternativos”, diz Rejaile.
Em 2021, a RDP passou a buscar mais ativamente alternativas de matérias-primas que pudessem suportar a produção do biometano. Uma das primeiras opções foram os aterros sanitários, mas os escolhidos acabaram sendo os resíduos de suínos.
Atualmente, existem no Brasil apenas seis plantas de biometano autorizadas a operar pela ANP. Nenhuma delas usa os resíduos da indústria de suínos como matéria-prima.
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