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Quebra de safra leva CNA a pedir socorro ao governo

Entidade quer a prorrogação de prazos de reembolso da contratação de crédito para produtores prejudicados

Fernando Lopes

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Os problemas climáticos que deverão reduzir a produção brasileira de soja nesta safra 2023/24, sobretudo no Centro-Oeste e em áreas do Matopiba (confluência entre Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), levaram a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) a decidir pedir socorro ao governo federal.

Em reunião na segunda-feira com federações estaduais do setor, a entidade definiu que vai solicitar a prorrogação de prazos de reembolso da contratação de crédito para custeio e investimentos para os produtores que sofreram perdas climáticas, nas mesmas condições iniciais. A CNA também quer que os preços mínimos do milho e do trigo seja elevados e que o seguro rural seja modernizado, inclusive com a regulamentação do fundo de catástrofe criado por Lei Complementar aprovada em 2010.

Essas e outras propostas serão apresentadas pela CNA na próxima reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Soja, no dia 30 deste mês. A câmara reúne representantes do governo e da iniciativa privada.

Em decorrência do calor e das chuvas irregulares que marcaram plantio e desenvolvimentos das plantações de soja no Centro-Oeste, a colheita de soja do país, que chegou a ser projetada em mais de 165 milhões de toneladas, deverá ficar em torno de 150 milhões, segundo estimativas de consultorias. A produção de milho também deverá recuar, tanto a de verão quanto na safrinha.

No Sul, as fortes chuvas provocadas pelo El Niño causaram menos problemas, mas também reduziram o potencial produtivo das lavouras.