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Os elevados preços internacionais vão ampliar a produção de açúcar de beterraba na União Europeia para 15,5 milhões de toneladas na safra 2023/24. A nova estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) representa incrementos de 5,6% em comparação à safra anterior e de 0,4% sobre a estimativa de maio.
O aumento na oferta do bloco, terceiro maior produtor mundial – atrás de Brasil e Índia -, é resultado da expansão da área cultivada com beterraba em 1,5 milhão de hectares, especialmente em Polônia, Espanha e Romênia. No sentido oposto, a França, maior país produtor de açúcar da Europa, reduzirá em 6% a área de cultivo.
Os agricultores franceses estão direcionando a área agrícola para outras culturas no atual ciclo, depois que o Tribunal de Justiça Europeu proibiu o uso de inseticidas à base de neonicotinoides em lavouras de beterraba. O defensivo era usado para conter pulgões que espalham o vírus amarelo da beterraba.
Apesar de não haver alternativas no controle da doença, os atuais preços do açúcar ainda garantem rentabilidade em algumas regiões, como a Polônia. O USDA espera que duas fábricas entrem em operação na Romênia, com algum tipo de suporte do governo local.
Estimativas da consultoria Datagro mostram que o custo médio de produção do açúcar de beterraba na Europa é de cerca de US$ 0,23 por libra-peso. Hoje, em Nova York, o contrato de açúcar para março fechou a US$ 0,2773, em alta de 0,62%
Participação dos países na produção global
Globalmente, o USDA estima um incremento de 8,2 milhões de toneladas de açúcar na safra 2023/24, para 183,5 milhões de toneladas. Boa parte desse aumento será proveniente das produções do Brasil (3 milhões de toneladas) e da Índia (4 milhões de toneladas), que compensará a retração da Tailândia e do Paquistão.
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Diante de condições climáticas favoráveis, os canaviais brasileiros produzirão 41 milhões de toneladas, aumento de 7,8% sobre a safra passada. As usinas estão investindo para extrair o máximo de açúcar possível e aproveitar o momento positivo de preços.
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Do ponto de vista da demanda, a expectativa é que o consumo global cresça 1,2% e alcance 178,4 milhões de toneladas. Se confirmado, os estoques serão reduzidos em 13,4%, para 33,6 milhões de toneladas. Esse será o terceiro ano consecutivo de corte nos estoques globais de açúcar.
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