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Positivo espera aumento de receita e margens com aquisição de braço Algar, diz CEO

Negócio foi anunciado pelas companhias na noite de ontem

Iuri Santos

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A aquisição do braço de serviços gerenciados de TI da Algar Tech pela Positivo, anunciada ontem, vai potencializar as receitas recorrentes e margens da companhia. É essa a expectativa do presidente da empresa, Helio Bruck Rotenberg. Com a transação, a empresa deve atingir um mercado potencial de R$ 36 bilhões, ante os atuais R$ 7 bilhões que representam sua vertical de serviços hoje.

“Definimos uma estratégia lá atrás, de avenidas de crescimento. Talvez uma das mais importantes, por trazer receita recorrente e margens mais saudáveis, seja a de serviços”, disse Rotenberg ao IM Business. “Começamos organicamente, com a Positivo Tech Services. Ela vai muito bem, mas entendemos que demoraria até chegarmos onde queremos [sem aquisição]”, afirmou o executivo.

A aquisição do braço da Algar deverá representar um salto de 8% para 18% na receita da Positivo na linha de serviços, mas a meta é chegar a até 33% em alguns anos. O crescimento inorgânico terá impacto tanto em portfólio quanto na carteira de clientes da companhia. Com a expansão da linha de serviços, a empresa aumenta a sua presença no ciclo de tecnologias para nuvem, onde era mais presente na infraestrutura de servidores. 

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“Com a chegada da Algar, nós embarcamos toda a parte de implementação, consultoria e sustentação de ambientes”, apontou o vice-presidente de mercado corporativo e grandes contas da Positivo, Rodrigo Guercio.

A complementaridade das empresas deve servir como um caminho para que a Positivo ofereça novas soluções aos atuais clientes consumidores das linhas de hardware. Na Argentina, onde a empresa já possui uma joint venture para soluções de hardware, a Algar marcará a chegada da linha de serviços. Já na Colômbia e no México, dois mercados em que a aquisição garante a chegada da Positivo, abrem-se as portas para a entrada de serviços que já fazem parte da prateleira da empresa brasileira — a companhia ainda não definiu se pretende também levar sua linha de hardwares.

O braço da Algar adquirido seguirá com uma operação independente da Positivo pelos próximos 200 dias. Após a finalização dos processos de fechamento e aprovação da aquisição junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), começará o processo de integração comercial. “Estamos estudando bastante como e quando fazer a integração, para fazermos no momento correto e não sacudirmos demais a árvore para um lado nem para outro”, disse Guercio. “Boa parte dos colaboradores que chegam à empresa está junto aos clientes finais, dentro de suas operações. Isso também traz um desafio de aculturamento.”

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Segundo a Positivo, não houve uma captação específica de recursos para o fechamento do negócio, que saiu por R$ 235 milhões e será coberto com um mix entre caixa próprio e financiamento bancário. “A Algar é uma empresa geradora de caixa, então ela começa a se pagar rapidamente”, concluiu Rotenberg.

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Iuri Santos

Repórter de inovação e negócios no IM Business, do InfoMoney. Graduado em Jornalismo pela Unesp, já passou também pelo E-Investidor, do Estadão.