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Porto de Itaqui chega ao limite para grãos

Consórcio que opera terminal de grãos em Itaqui atingiu capacidade máxima e pede agora direito para ampliar estrutura no porto

Alexandre Inacio

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O consórcio formado por TCN, Viterra, CLI e ALZ Grãos, que administra o terminal de grãos do porto de Itaqui (Tegram), no Maranhão, protocolou nesta semana um pedido solicitando a renovação antecipada do contrato de sua concessão portuária, que vencerá apenas em 2037. 

O motivo é a forte demanda e a necessidade de expandir a estrutura do terminal. Com duas fases do projeto original implementadas, o Tegram movimentou um volume 50% superior ao esperado. Somadas, esperava-se que as fases 1 e 2 chegassem a um movimento de 10 milhões de toneladas. No entanto, 15 milhões de toneladas já passaram pelo porto.

Marcos Pepe Bertoni, presidente do terminal de grãos do Porto de Itaqui, no Maranhão (Foto: Divulgação)

“Em oito anos conseguimos exaurir a capacidade do projeto. Até 2037, teremos novas áreas em produção, tecnologias mais desenvolvidas e adaptadas, e precisamos crescer para atender à demanda”, disse Marcos Pepe Bertoni, presidente do Tegram, ao IM Business.

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O pedido de renovação antecipada coincide com o início do investimento da terceira fase do terminal, que prevê aportes de R$ 1,6 bilhão por parte dos sócios. Originalmente, a terceira fase contemplava apenas a construção do terceiro berço do Tegram.

Dado que a capacidade já foi alcançada, o novo plano proposto prevê a ampliação da armazenagem e da área de recepção de caminhões. Assim, o terminal poderia movimentar 23 milhões de toneladas de grãos por ano.

Terminal de grãos do Porto de Itaqui, no Maranhão (Foto: Divulgação)

Por esse motivo, além da renovação antecipada, o consórcio está solicitando também um adensamento. Na prática, é a autorização para construir novas estruturas em uma área ao lado dos armazéns já existentes.

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O grande foco do Tegram tem sido a exportação de soja. Das 15,6 milhões de toneladas movimentadas em 2023, pouco mais de 65% foram referentes ao grão, o que representou um crescimento de 6,5% em comparação a 2022.

A expectativa é que a soja permaneça como o carro-chefe do terminal, mas o crescimento da demanda internacional pelo milho brasileiro anima o consórcio. Só no ano passado, os embarques de milho do Tegram cresceram quase 40% e chegaram a 5,3 milhões de toneladas.

As quatro empresas do consórcio que administra o Tegram têm operações distintas. A TCN é uma sociedade formada entre a Toyota (75%) e CHS (25%), uma cooperativa americana que representa aproximadamente 500 mil produtores.

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A ALZ Grãos tem como sócios LDC, Amaggi e a japonesa Zen-Noh Grãos. Já a Viterra, foi comprada recentemente pela Bunge, que tende a assumir a operação assim que o negócio foi aprovado pelos órgãos reguladores.

No caso da CLI, a empresa tem como sócios os fundos Macquarie e o private equity  IG4 Capital. A empresa é um operador logístico e presta serviços em Itaqui para ADM, Cargill e Cofco.

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