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Os R$ 475,5 bilhões anunciados pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para o Plano Safra 2024/25 é insuficiente para suprir todas as necessidades do setor, segundo o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania). Para o vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), há um descompasso de números no valor apresentado pelo governo.
“No nosso entender, isso é insuficiente, porque embora o Plano Safra não responda mais por todo o investimento que se faz a cada ano, a nossa previsão é de que a safra a ser plantada e colhida vai demandar um investimento total de R$ 1,2 trilhão”, disse Jardim.
O deputado esteve presente, nesta sexta-feira (28), no Global Agribusiness Forum (GAF), no Allianz Parque, em São Paulo (SP). O evento é promovido pela consultoria agrícola Datagro, que atua em mais de 50 países, e conta com o apoio da XP.
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Abaixo da estimativa
Segundo Jardim, após consultar entidades do agronegócio, a FPA chegou a uma estimativa de R$ 570 bilhões para o Plano Safra. “Há um montante ainda faltando e vamos ter que, ao longo do ano, ir em busca do valor, de uma forma ou de outra”.
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O plano anterior, de 2023/24, foi de R$ 451 bilhões, de modo que o ministro da Agricultura destacou que o valor para a próxima safra é 10% maior e um novo recorde em relação ao de 2023. Fávaro ainda falou que, se considerar a queda no custo de produção em relação ao ano passado, o valor representa um aumento superior a 20%”, afirmou à imprensa.
Jardim reconhece que os custos estão menores e os preços dos insumos também diminuíram, o que representaria “certo alívio”. Porém, ele aponta duas outras questões que pesam sobre os produtores: “o preço das commodities caiu e a produtividade diminuiu por causa dos efeitos climáticos”.
O deputado afirmou que a FPA fará um comunicado oficial sobre o Plano Safra anunciado pelo governo na próxima terça-feira (2).