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Para viabilizar as operações, hidrelétricas de pequeno porte estão negociando com consumidores do mercado livre no modelo de autoprodução remota, que pode aumentar o faturamento e diminuir o tempo de retorno dos empreendimentos em até 50%.
Embora a autoprodução seja mais difundida com a energia solar, a opção também é viável para pequenas centrais hidrelétricas (PCH) e centrais geradoras hidrelétricas (CGH), usinas que têm capacidade instalada de até 50 megawatts (MW).
A medida se torna vantajosa para os geradores, que diminuem o payback das usinas de cerca de 12 anos para até oito anos, mas também para os consumidores, que se tornam cotistas dos projetos e pagam mais barato pela energia.
Como sua empresa pode aproveitar o mercado livre de energia
Aumento de faturamento
Uma PCH de 2 MW de potência pode faturar até R$ 500 mil a mais a cada ano, caso escolha esse tipo de negociação. Para o consumidor, o resultado é uma economia de R$ 50 por megawatt/hora (MWh).
Nesse modelo, as PCHs e CGHs podem aumentar o faturamento em até 25% por ano, estima a Ludfor, comercializadora gaúcha de energia sediada em Bento Gonçalves, que intermedia as transações entre as duas partes.
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Descontos na conta de luz de até 35% para empresas e 20% para consumidores
“A gente faz essa aproximação, elabora um consórcio e faz a operação com o gerador e com o consumidor, para trazer um equilíbrio entre os dois. A usina aumenta a sua receita, diminui o payback de um empreendimento já operando ou até de uma que vai entrar em operação e melhora o retorno”, afirma Douglas Ludwig, diretor executivo da Ludfor Energia.
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Descontos para o consumidor
No modelo de autoprodução, os clientes adquirem cotas de um consórcio e remuneram a geradora sem necessidade de pagar encargo de energia de reserva (EER) e encargo de serviço de sistema (ESS). Por esse motivo, é possível economizar na conta de energia.
A modalidade é destinada a consumidores que gastam entre R$ 100 mil a R$ 2 milhões com a tarifa de energia elétrica. Nesse caso, estão enquadradas grandes empresas que estão no mercado livre atacadista.
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No passado, a prática era restrita a multinacionais com custos ainda maiores em energia elétrica, mas a Ludfor tem trabalhado na captação de consumidores e geradores de menor porte.
Entre os clientes da empresa gaúcha estão a metalúrgica Tramontina e a rede de supermercados Zaffari, do Rio Grande do Sul.