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Os chats com base em inteligência artificial generativa já representam o “presente” em algumas das maiores empresas do país, e se engana quem pensa que essa é uma questão apenas para ferramentas como ChatGPT, da OpenAI, ou Bard, do Google, ou que o uso da tecnologia servirá como um mero serviço de atendimento ao cliente (SAC).
Para Fernanda Jolo, head de customer engineer, data analytics & AI do Google Cloud para América Latina, ainda existe um grande potencial da IA generativa a ser explorado, que pode auxiliar na solução de problemas mais simples a tarefas diárias mais complexas dentro das empresas.
A executiva explica ao IM Business que, com base nos pedidos que a big tech recebe de seus clientes latino-americanos, a maior procura ainda é por chats de atendimento, mas, com a maturidade tecnológica evoluindo dentro das organizações, essa demanda começa a ficar mais sofisticada.
No caso das parcerias com o Google, empresas utilizam a ferramenta Vertex AI, disponível no Cloud, para desenvolver suas soluções proprietárias. O Vertex AI funciona como uma espécie de portfólio que disponibiliza desde modelos mais simples com pouca demanda de desenvolvimento até aqueles mais complexos, para aplicações muito customizadas.
“Produtividade em processos internos também é um dos pontos importantes que nós temos trabalhado com as empresas”, diz Jolo. O Google tem, por exemplo, uma parceria com a rede de saúde Dasa para criar uma ferramenta que auxilia médicos a detectarem achados relevantes nos resultados de exames e notificar o responsável por prescrever ao paciente.
Outras aplicações podem ser vistas na indústria financeira, em que há grande expectativa de economia de tempo em tarefas de questões jurídicas e regulatórias. Junto ao BV, a big tech criou uma ferramenta capaz de produzir relatórios internos e regulatórios que deve poupar até 2,5 mil horas de trabalho por ano.
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Segundo Jolo, a principal tendência no uso de IA pelo mercado hoje é a abrangência de colaboradores capacitados a desenvolver soluções, inclusive aqueles que não são especialistas em tecnologia. “Existem cada vez mais soluções que chamamos de ‘out of the box’, que não precisam do que se necessitava nas soluções anteriores de inteligência artificial, desenvolvedores e engenheiros com uma capacitação muito profunda”, explica.
Soluções “low code” ou “no code”, como são chamadas aquelas com baixa ou nenhuma necessidade de desenvolvimento, devem fazer com que a IA generativa torne todos os setores de uma empresa capazes de desenvolver ferramentas para o uso cotidiano sem grandes complicações. “Já temos visto áreas de recursos humanos utilizando essas soluções, área de legal, área de compras. Tem vários casos de uso que vemos pela frente”, acrescenta a especialista.
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