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Países importadores de café ampliam compras, e Brasil é beneficiado

União Europeia, Estados Unidos e Japão vão adicionar 4,4 milhões de sacas às suas compras anuais

Alexandre Inacio

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Os três maiores países importadores de café do mundo vão agregar 4,4 milhões de sacas às suas compras durante o ciclo 2023/24. Juntos, União Europeia, Estados Unidos e Japão vão importar 79,2 milhões de sacas, quase 6% a mais do que o volume adquirido na safra anterior.

De acordo com dados atualizados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as importações do bloco europeu devem crescer 5,7% e chegar a 47 milhões de sacas. Esse aumento se deve, em grande parte, à retomada dos embarques do Brasil.

Falta de contêineres e reagendamento de navios, entre outras dificuldades logísticas, atrapalharam os embarques brasileiros de café entre 2021 e 2022. Neste ano, o fluxo começou a voltar ao normal.

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A demanda aquecida no mercado europeu é fundamental para o Brasil. Entre os dez maiores clientes do café brasileiro, quatro fazem parte da UE – Alemanha, Itália, Bélgica e Holanda. Juntos, esses países absorvem quase 30% das exportações brasileiras.

No caso dos Estados Unidos, maior país importador e consumidor de café do mundo, a demanda para a safra 2023/24 vai crescer 6,4%, para 25,4 milhões de sacas. As compras ainda não chegarão ao recorde de 27 milhões de sacas do ciclo 2021/22. Porém, já retornam ao patamar histórico das 25 milhões de sacas.

O mercado americano é o principal destino das exportações brasileiras. Pouco mais de 15% de tudo o que o Brasil exporta vai para os EUA.

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Muito menor em termos de volume, mas extremamente atraente do ponto de vista de receita, o Japão é o terceiro maior importador mundial. As compras japonesas vão crescer 4,5% na safra 2023/24, para 6,8 milhões de sacas. Para o Brasil, o país asiático é o quarto maior em importância no volume exportado. Em receita, ocupa a segunda posição, atrás apenas da Itália.

Enquanto os japoneses pagaram este ano US$ 212,3 por saca, em média, as vendas para o mercado italiano saíram por US$ 216,6. Os valores são superiores aos US$ 208,5 pagos pelos importadores americanos.

Há duas semanas, a japonesa Sarutahiko Coffee pagou R$ 84,5 mil por uma saca de café brasileiro. Produzido pela Fazenda Rainha, em São Paulo, do grupo Orfeu Cafés, o valor foi o mais alto já pago pelo produto nacional.

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Curiosidades do café

Estados Unidos, Brasil e Japão, nessa ordem, são os três maiores consumidores de café do mundo. Porém, em termos individuais, o cenário é um pouco diferente.

O país onde a população mais se consome café é a Finlândia. Lá, cada cidadão consome por ano 12 quilos de café. Já no Brasil, maior produtor e exportador do mundo, o consumo por habitante é de 6,3 quilos por ano.

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