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Os planos da Topaz para chegar à Bolsa

Empresa de tecnologia para instituições financeiras do Stefanini segue expansão internacional à espera de nova janela para IPOs

Rikardy Tooge

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Diante de um mercado ainda averso a ofertas públicas iniciais (IPOs, em inglês) a Topaz, empresa de tecnologia para bancos do grupo Stefanini, segue trabalhando para entrar na Bolsa assim que uma nova janela para IPO se abrir para empresas brasileiras. Após uma tentativa de listagem na B3 em 2021 e planos para uma eventual abertura de capital em Nova York, o CEO da companhia, Jorge Iglesias, tem mantido conversas com bancos e fundos para avaliar a melhor alternativa.

“Nós vemos a abertura de capital como um importante movimento estratégico”, explica Iglesias, em conversa com o IM Business. Mais do que os recursos para acelerar sua expansão, o executivo enxerga no IPO uma forma de ganhar mais mercado dentro e fora do Brasil. “A listagem mostra ao mercado que temos governança e transparência, isso nos traz mais credibilidade. Não é um IPO de growth, nós já estamos crescendo mesmo sem a abertura de capital.”

O atual CEO da Topaz chegou ao negócio em 2016, seis anos após o grupo Stefanini comprar a empresa. À época com um portfólio de produtos voltado ao backoffice das instituições financeiras, menos de 40 clientes e faturamento de R$ 70 milhões, a empresa tem hoje mais de 300 clientes e uma receita 12 vezes maior.

“Quando conversei com o Marco [Stefanini, fundador do grupo] disse que ele tinha uma joia da coroa que precisava ser lapidada. E nós estamos conseguindo”, acrescenta Iglesias, profissional com passagens pelo Bradesco e que participou do projeto da GetNet para a fabricação da primeira “maquininha” de cartão que aceitava as bandeiras Visa e Mastercard em meados dos anos 2000.

A Topaz está presente em 25 países, com operações espalhadas pela América Latina, Espanha e Estados Unidos. Itaú, Banco do Brasil, Caixa, Santander, PagBank e Banco de La Nación Argentina são alguns de seus principais clientes.

Jorge Iglesias, CEO da Topaz (Divulgação)

Para o mercado, essa abrangência poderia suprir o espaço deixado pelo fechamento de capital da Sinqia nas carteiras de fundos que enxergam potencial na tese de tecnologia para bancos. Iglesias evita comparações, embora as empresas sejam concorrentes em alguns produtos. “Nosso portfólio é mais abrangente”, resume o executivo.

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Enquanto o IPO ainda é incerto, Jorge Iglesias diz que o foco é ampliar a oferta de produtos bancários, dentro de uma lógica de “full banking”. Atualmente, a Topaz fornece serviços desde os “guardiões” de internet banking até serviços de interface com os clientes, sendo o mais recente uma ferramenta de atendimento por voz guiado por inteligência artificial. “A tecnologia avança muito rápido e precisamos acompanhar com produtos cada vez mais personalizados”, completa.

Rikardy Tooge

Repórter de Negócios do InfoMoney, já passou por g1, Valor Econômico e Exame. Jornalista com pós-graduação em Ciência Política (FESPSP) e extensão em Economia (FAAP). Para sugestões e dicas: rikardy.tooge@infomoney.com.br