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Empresário de renome no mercado imobiliário, Henrique Blecher deixou a cláusula de non-compete para trás, após sair do comando da Gafisa no início de 2023, e está colocando seus projetos na rua. Além da Nivi Real Estate, plataforma de gestão de investimentos imobiliários, agora ele quer criar pequenos “oásis” com a Origem Loteadora.
Localizado em Vargem Pequena, Zona Oeste do Rio de Janeiro, o Origem Ciclo – primeiro empreendimento da loteadora – está ganhando vida, com foco em segurança e paisagismo. “A gente desenvolveu um projeto com muita ênfase na natureza. Há um cinturão verde em volta do projeto. Vamos fazer algo muito diferente do que existe na região”, diz Blecher, sócio-fundador da Origem, ao IM Business.
Com valor geral de vendas (VGV) de R$ 100 milhões, o projeto conta com 194 áreas privativas em um terreno de 64 mil m², dos quais cerca de 7 mil m² são de área de lazer. Apesar de não fazer a construção das casas, existe um manual de regras arquitetônicas a ser seguido com objetivo de preservar a perspectiva urbanística do condomínio.
“A gente trouxe um arquiteto de renome, o Duda Porto, e o paisagista Marcos Sá, que é muito conhecido aqui no Rio, diante de uma preocupação de equilibrar as passagens dos automóveis e as casas com muito verde”, diz Blecher. “Temos um time de arquitetos para desenvolver as casas com os clientes, mas no fim do dia quem faz o projeto são eles.”
Blecher estima ter investido mais de R$ 50 milhões no empreendimento até agora e diz ter recursos para realizar de três a quatro projetos desse tipo por ano – a ideia é criar uma base no Rio de Janeiro antes de migrar para outras regiões. Para dar vazão ao negócio, ele nomeou Nelson Cohen como CEO da Origem. O executivo é conhecido por sua atuação à frente de projetos da Visione Engenharia na Baixada Fluminense.
“Como me divido entre as atividades de empreendedor no mercado imobiliário e no mercado de capitais, precisava de alguém que tivesse uma visão alinhada à minha”, comenta. “Para este ano, nós estamos falando em dois projetos, mas se o Brasil permitir, nós vamos exponenciar isso, desenvolvendo minibairros planejados, com um olhar voltado para a natureza, a 10 minutos da praia, perto de colégios, hospitais, cinema e teatro de qualidade.”
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Apesar de o foco estar voltado para o morador final, o empreendedor revela que o loteamento imobiliário tem se mostrado um atrativo para potenciais investidores. Um estudo recente da Brain Inteligência aponta que os loteamentos ultrapassaram os galpões e se posicionaram como a segunda melhor opção de investimento imobiliário, atrás apenas do segmento residencial.
A Origem estima que quase metade dos compradores do projeto tem como objetivo a valorização da área para uma venda futura. “Tem o investidor que compra o terreno e segura para vender depois ou faz a casa para vender a casa com o terreno. Obviamente, para esse cliente a gente ajusta o preço, porque ele, geralmente, chega com uma vantagem interessante em termos de pagamento”, diz Blecher.