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O surfe venceu? Empresa quer criar praia com ondas de até 2 metros em Alphaville

Clube de luxo, o Reserva Beach Club é a aposta da Br Soho para levar "o mar" ao bairro nobre da região metropolitana de São Paulo

Rodrigo Loureiro

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A BR Soho deseja surfar na onda do consumo de uma geração mais esportista — e com ondas de verdade. A empresa, que atua com empreendimentos imobiliários, está preparando o lançamento de um novo clube em Alphaville, na região metropolitana de São Paulo. O diferencial será uma praia de mais de 25 mil metros quadrados, ideal para a prática do surfe.

Chamado de Reserva Beach Club, o clube de luxo está sendo construído em um terreno com mais de 137 mil metros quadrados. Além de diferentes praias, o local contará com quadras de beach tennis, campos de futebol, pista de skate, restaurantes, bares, spas, cafeterias, entre outros espaços.

Para oferecer o grande diferencial das ondas geradas artificialmente, a BR Soho firmou parceria com a Surf Loch, uma empresa americana especializada no setor que já construiu dois “mares” com ondas de até 2 metros e 18 segundos de duração — um na Califórnia e outro em Rotterdam, na Holanda.

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Projeção de quadra de beach tennis no clube de luxo Reserva Beach Club. (Foto: Divulgação)

Em seu site oficial, a Surf Loch indica que a construção de uma piscina de ondas demanda um investimento entre US$ 6 milhões e US$ 10 milhões, variando de acordo com a região e o tamanho do local. No caso do Reserva Beach Club, trata-se de um projeto considerado grande.

A escolha por Alphaville se deve a dois fatores: primeiro, a região tem sido a “praia” da BR Soho, que já participou da construção de condomínios e de um colégio no bairro; segundo, o público-alvo, formado por personalidades e executivos.

“Pensamos no que faltava em Alphaville e a resposta é essa. A praia mais próxima fica a 2 horas de viagem, sem trânsito”, diz Maurício Gariglia, CEO da BR Soho. “Quem mora nessa região não quer sair daqui, e há toda a questão de ser uma praia exclusiva para os sócios.”

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A construção do clube de luxo demandará um investimento próximo de R$ 1 bilhão. A operação está sendo lastreada por diferentes bancos, mas a BR Soho não revela quem são seus parceiros nesse sentido. A projeção é que o empreendimento registre um valor geral de vendas (VGV) próximo de R$ 2,5 bilhões.

Por trás da operação estão os arquitetos Rogério Perez e Carlos Mauad, responsáveis pelo projeto. Mauad é mais conhecido por ter projetado o Rio Quente Resorts, em Goiás.

Área de piscina do Reserva Beach Club (Foto: Divulgação)

A expectativa é que a primeira fase do Reserva Beach Club seja entregue em dezembro de 2026, com a conclusão prevista para um ano depois. Quando isso acontecer, o clube estará pronto para potencializar suas frentes de receita, que consistirão principalmente na venda de títulos e na cobrança de mensalidades.

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Serão 3,5 mil títulos ofertados para venda, com preços a partir de R$ 550 mil. Esse valor pode aumentar conforme as vendas avancem. A mensalidade deverá custar em torno de R$ 2 mil.

Os sócios que desejarem mais exclusividade poderão optar por um outro tipo de título. A BR Soho criou um programa chamado “Clube dos 300”, que oferecerá, por meio de indicações, títulos de sócio com mais benefícios e acesso exclusivo a locais como cafeterias, restaurantes e galerias dentro do clube.

“É um modelo que vem sendo aplicado em diferentes clubes no mundo e visa gerar networking entre os sócios”, afirma Gariglia. Neste caso, o título de sócio terá um custo mais elevado: R$ 1,5 milhão.

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Surfe longe da praia

O Reserva Beach Club não é o único empreendimento apostando na popularidade do surfe para se destacar no mercado imobiliário. Diversas construtoras também decidiram investir em condomínios e clubes que oferecem piscinas com ondas. Entre essas empresas estão a KSM Realty e a JHSF.

Reserva Beach Club (Foto: Divulgação)

A Praia da Grama, inaugurada em 2021, faz parte do condomínio Fazenda da Grama, construído pela KSM Realty. A faixa de areia de 700 metros de extensão e as ondas geradas a cada 8 segundos atingem até 2 metros de altura. O local fica em Itupeva, cerca de 60 quilômetros de São Paulo.

No ano passado, a JHSF inaugurou o Boa Vista Village Surf Club em Porto Feliz, cidade que fica a cerca de 2 horas de distância da capital paulista. Além de uma área dedicada ao surfe, o complexo condominial conta com uma área equestre e um campo de golfe.

Ambas as construtoras têm projetos de clubes em São Paulo. A JHSF pretende concluir as obras do São Paulo Surf Club, no Brooklin, ainda neste ano. A KSM, por sua vez, acredita que a entrega do Beyond The Club, em Santo Amaro, ficará para o primeiro semestre do ano que vem.