Publicidade
Bill Gates é um defensor de que a tecnologia será um fator chave para que o mundo adote uma abordagem verde em direção à sustentabilidade. Para o fundador da Microsoft, pode parecer um raciocínio lógico. Mas a verdade é que até o Brasil pode ser um exemplo da sua ideia principal: é preciso fazer alternativas sustentáveis mais baratas.
“Minha teoria principal é de que se a alternativa verde for mais cara, não haverá uma adoção global”, disse o Gates em videoconferência transmitida no evento Bloomberg New Economy, em São Paulo. Sua avaliação é a de que embora haja muito trabalho a ser feito, boa parte dos avanços capazes de levar à redução das emissões de carbono só aguardam o volume necessário para serem barateadas.
“Talvez países ricos subsidiem abordagens limpas [de energia], mas países de renda média como o Brasil ou a Índia e outros diriam: ‘não somos responsáveis pelas emissões historicamente, então não deveríamos ser impedidos de prover recursos básicos para nossa população”, defendeu o bilionário fundador do fundo Breakthrough Energy.
A solução seria, então, inovar em todas as áreas de emissão para que o “limpo” custe menos, seja em zerando emissões ou até tendo efeito negativo sobre a carbonização: isso é, removendo dióxido de carbono (CO2) da atmosfera.
A Breakthrough Energy investe em 130 empresas desenvolvedoras de tecnologia para energia sustentável – entra elas, a Boston Metal, startup que desenvolveu uma tecnologia que promete eliminar a emissão de CO2 da produção de aço. A empresa passou a operar no Brasil neste ano, em uma planta em Coronel Xavier Chaves (MG).