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LISBOA – Anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em abril do ano passado, o novo escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex Brasil) em Lisboa finalmente abrirá as portas em dezembro, afirmou nesta terça-feira (12) Paulo Matheus, que chefia a iniciativa.
“Já estamos em fase de assinatura do contrato, está faltando um detalhe que nós devemos concluir posterior ao Web Summit”, disse Matheus ao InfoMoney durante o evento de inovação que acontece em Lisboa nesta semana.
O espaço funcionará em um prédio de quatro andares e 2.000 metros quadrados em área nobre da capital portuguesa, próximo ao Marquês de Pombal, e abrigará inicialmente atividades da Apex, Embratur e Fiocruz, como ponto focal para empreendedores que desejam alçar voos para o outro lado do oceano.
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As instalações começarão ocupando apenas um andar neste ano, com expectativa de expansão no ano que vem. O plano é que a inauguração seja realizada em abril de 2025, com a presença do presidente Lula.
A Apex Brasil já tem um escritório em Bruxelas, comandado pelo ex-chanceler e ex-ministro da Justiça Aloysio Nunes. Mas Portugal, “pelos laços da língua, da cultura, e históricos, [merece] a instalação desse escritório”, explica Matheus. “Portugal é um grande player mundial de inovação, e por ter essa relação com o Brasil, e não ter a barreira da língua, principalmente para as empresas que querem internacionalizar, ele se torna importantíssimo para elas, principalmente as startups.
A Apex Brasil, juntamente com o Sebrae, tem o maior estande da Web Summit 2024 e a maior delegação entre todos os países que participam do evento, com cerca de 400 startups em busca de financiamento.
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“É a maior delegação da história. No ano passado, nós fizemos aproximadamente 11 milhões de negócios e esse ano nós queremos chegar a 22 milhões”, conta Floriano Pesaro, diretor de gestão corporativa da Apex Brasil. Segundo ele, um dos maiores chamarizes para investidores é a “marca Amazônia”, com startups voltadas por exemplo, para a área da bioeconomia. Só desse setor são 28 startups brasileiras presentes na feira.
Uma delas é a Amazon Bioprotein , liderada pela CEO Antônia Bezerra, de 76 anos, que começou sua jornada empreendedora no Amapá há mais de 40 anos e encontrou na tradição da culinária amazônica uma solução para suplementação proteica natural enriquecida em minerais.
“Nós já temos produzido um pó riquíssimo em minerais, que vai para o mercado no início de 2025, para enriquecer a merenda escolar”, explica, enquanto comemora o interesse de investidores em sua primeira captação, que será de R$ 200 a R$ 300 mil nessa primeira fase.
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O escritório da Apex Brasil em Lisboa visa servir de ponte para que startups de diversos tamanhos, desde a Amazon Protein até maiores, que já captam na casa dos milhões de reais, alcancem novas vias de investimento na Europa. “Vamos ter um andar só para a incubação de empresas, vamos trabalhar com as aceleradoras que já estão aqui, por meio de parcerias”, explica Matheus. “Essa troca nos favorece, Portugal tem uma história larga nessa questão do incentivo, principalmente às startups”.
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