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Não precisamos de choque radical no Brasil, diz membro do Banco Mundial sobre fiscal

Marcos Chiliatto Leite diz que crescimento de 3,5% do Brasil em 2024 aconteceu mesmo em meio a eventos climáticos muito severos

Camille Bocanegra

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O crescimento do Brasil ficará vulnerável ao cenário exterior em 2025, mas alguns setores já indicam dinamismo, como agronegócio e petroleiro, afirma Marcos V. Chiliatto Leite, do Banco Mundial em painel mediado por Paulo Leme, com tema “Crescimento econômico e volatilidade financeira”.

O evento Brazil: Macroeconomic Stability, Climate Change and Social Progress conta também com a presença de Caio Megale, economista chefe da XP, Alberto Ramos (Goldman Sachs) Carlos Viana de Carvalho (Kapitalo Investimentos and PUC-Rio) e foi organizado pelo Private Bank da XP e o departamento de economia da Universidade de Miami -Miami Herbert Business School.

“Todos concordam que mercados projetaram crescimento econômico baixo e, no fim, o Brasil cresceu 3,5%. É uma das maiores taxas de crescimento das economias do G20 e isso aconteceu mesmo em eventos climáticos muito severos, como no Rio Grande do Sul”, afirma Marcos V. Chiliatto Leite, do Banco Mundial. “A qualidade do crescimento também é algo pra ser destacado”, diz. Ele acrescentou que o investimento também foi crescente.

Leite comenta que há desafios na inflação e no lado fiscal, que o governo tem respondido, mas, ainda assim, choques radicais são desnecessários, em sua visão. “Colegas aqui da mesa dirão que não, mas eu sinto que não são necessários choques radicais nesse campo e o governo construiu uma trajetória de ajustes”, diz.

Para o crescimento deste ano, por mais que alguns setores, como serviços e mercado de trabalho já indiquem desaceleração, Leite afirma que já fica claro que alguns destaques trarão dinamismo para a economia. “Há, pelo menos, dois setores que já deixaram claro que darão contribuições positivas: agronegócio e petroleiro”, diz.