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Catalisadora de um eventual M&A de grandes proporções no setor de óleo e gás, a Maha Energy já fez sua parte em instigar uma possível fusão de ativos onshore entre 3R Petroleum e PetroReconcavo, segundo avaliação de pessoas próximas ao negócio ouvidas pelo IM Business. Para elas, a palavra agora está com a 3R, que é quem poderá, de fato, apresentar uma proposta.
“A Maha entregou sua hipótese, mas não cabe a ela iniciar uma negociação – mesmo sendo uma acionista relevante da 3R –, agora é a 3R que vai decidir se procura a PetroReconcavo”, explica uma fonte a par do dia a dia da empresa baiana. “É um negócio que faz sentido por toda a explicação que já se sabe, mas será uma questão de números.”
A análise inicial é que uma eventual assunção de US$ 1,4 bilhão em dívidas dos ativos onshore da 3R não causa sustos à PetroReconcavo, que possui uma alavancagem de apenas 0,56 vez a dívida líquida pelo Ebitda. Já outros termos, como a relação de troca por ações da PetroReconcavo, sob a premissa de ganhos de US$ 1,1 bilhão de sinergias, ainda precisariam ser melhor debatidas.
A fonte lembra ainda que a PetroReconcavo sempre mostrou disposição para ser consolidadora. Conforme o IM Business mostrou no ano passado, a empresa possui balanço e apetite para comprar campos vizinhos aos seus, como foi o caso de ativos da própria Maha Energy e como são os atuais da 3R. “A companhia está preparada e com saúde financeira para liderar essa consolidação”, reforça.
Na sua única manifestação sobre o negócio, a 3R Petroleum afirmou, em comunicado ao mercado, que recebeu a sugestão da Maha Energy e que irá avaliar o negócio. Também em comunicação ao mercado, a PetroReconcavo afirma que não recebeu nenhuma proposta e que não está negociação neste momento.