Conteúdo editorial apoiado por

Musk processa cofundador da OpenAI, alegando manipulação na criação da empresa de IA

Para Elon Musk, o cofundador da OpenAI mentiu ao afirmar que a empresa seria uma organização "sem fins lucrativos"

Maria Luiza Dourado

Publicidade

Elon Musk abriu um novo processo contra o cofundador da OpenAI, Sam Altman, em um tribunal na Califórnia, nos EUA, alegando ter sido “manipulado” para cofundar a empresa de inteligência artificial.

Musk afirma ter sido “cortejado e enganado” por Altman e Greg Brockman, atual presidente da OpenAI, para cofundar a empresa, que supostamente seria uma “organização sem fins lucrativos”.

O fundador da Tesla alega ter sido traído por “Altman e seus cúmplices”, já que, após investir milhões de dólares, os executivos da OpenAI, juntamente com a Microsoft, estabeleceram, sem clareza, uma “rede de afiliados da OpenAI com fins lucrativos”.

A Microsoft é a maior investidora da OpenAI, tendo supostamente aportado US$ 13 bilhões na empresa.

LEIA MAIS: Reguladores dos EUA abrirão investigações contra Microsoft, OpenAI e Nvidia

O advogado de Musk, Marc Toberoff, afirma que o processo “desmascara a conversa fiada sobre filantropia dos réus e os responsabiliza por suas falsas representações a Musk e ao público”. Segundo Toberoff, o litígio vai além de uma startup de US$ 100 bilhões. “O futuro da AGI (inteligência artificial generativa) está em jogo”, declarou.

Continua depois da publicidade

Musk alega que os valores da Microsoft e de uma organização sem fins lucrativos, como a OpenAI, não estão alinhados. Em um processo anterior contra Altman no Tribunal Estadual da Califórnia, que foi posteriormente retirado sem explicações, Musk afirmava que a gigante do software procurou obter vantagens de outras maneiras, como induzir a OpenAI a usar e depender do Azure, sistema de computação em nuvem da Microsoft.

Os advogados de Musk afirmam no processo que Altman garantiu a Musk que a suposta estrutura sem fins lucrativos da OpenAI garantiria o desenvolvimento da tecnologia de inteligência artificial com neutralidade, foco em segurança e abertura para o benefício da humanidade, “e não valor para os acionistas”, mas que não tem cumprido suas promessas.

Maria Luiza Dourado

Repórter de Finanças do InfoMoney. É formada pela Cásper Líbero e possui especialização em Economia pela Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.