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A americana Mosaic, uma das maiores empresas de fertilizantes do mundo, está lançando esta semana no Brasil sua divisão Biosciences, cujo foco inicial se concentra na área de bionutrição (inoculantes, bioestimulantes e biofertilizantes). A expectativa é que a nova frente de negócios gere um faturamento ainda modesto em 2024 no país, da ordem de US$ 1 milhão, mas que o valor alcance US$ 100 milhões por ano até 2030.
A divisão estreou nos Estados Unidos em agosto do ano passado. O Brasil, um dos principais mercados para os fertilizantes fosfatados e para o potássio vendidos pela multinacional, é o segundo país a contar com os produtos e serviços da Mosaic Biosciences, e China e Índia serão os próximos. “Queremos estabelecer um mix de estratégias global e regionais”, disse Eduardo de Souza Monteiro, country manager da Mosaic no Brasil, ao IM Business.
Para dar partida às operações, a Mosaic Biosciences Brasil terá no portfólio quatro produtos, para uso no solo ou em sementes. Segundo Alexandre Ricardo Alves, diretor da divisão, um deles ajuda a planta a se proteger de estresse hídrico, e os demais maximizam sua disponibilidade de nitrogênio e fósforo.
A expectativa é que, no total, 170 mil litros de produtos sejam comercializados no mercado brasileiro em 2024, sobretudo para produtores de soja e milho, volume que poderá ser aplicado em cerca de 1,5 milhão de hectares. Para multiplicar por 100 vezes seu faturamento nos próximos anos, a Mosaic Biosciences Brasil prevê crescimento orgânico e também eventuais aquisições.
O avanço anual do mercado de bioinsumos tem sido de mais de 40% nos últimos anos, impulsionado pela maior sustentabilidade conferida à produção agrícola. E poderá ser acelerado ainda mais com o avanço da definição da regulamentação do segmento, que continua em discussão no Congresso.
RESULTADOS
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A Mosaic encerrou 2023 com vendas líquidas totais de US$ 13,7 bilhões, quase 30% menos que no ano anterior. Na mesma comparação, o lucro líquido da múlti recuou 67%, para US$ 1,2 bilhão. As quedas vieram na esteira da virada do mercado global de fertilizantes, onde os preços desabaram depois das fortes altas que garantiram resultados recorde em 2022
No Brasil, onde detém participação de mais de 20% nas vendas de fertilizantes aos clientes finais, a companhia tem projetos de peso para ampliar sua presença em químicos. Está investindo R$ 800 milhões no Complexo Mineroquímico de Taquari-Vassouras, em Sergipe, e deverá aportar R$ 400 milhões na construção de uma nova unidade de mistura, armazenagem e distribuição em Palmeirante, Tocantins.