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Menos remédio, mais higiene e beleza: o plano da Cimed para faturar R$ 5 bi até 2025

Farmacêutica deve investir R$ 150 milhões em fábrica em MG de produtos de consumo

Iuri Santos

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Em linha com a expansão no segmento de produtos de consumo, como itens de higiene e beleza, a Cimed anunciou nesta sexta-feira (1) a construção de uma nova fábrica em Minas Gerais. A empresa deve investir, entre 2024 e 2025, R$ 150 milhões no empreendimento, parte do total de R$ 3,6 bilhões em aportes projetados pela empresa no biênio.

O anúncio foi feito em evento com clientes e fornecedores do grupo farmacêutico, que mira melhores condições de custos e prazo para manter o ritmo e chegar ao faturamento anual projetado de R$ 5 bilhões até 2025. Em 2023, a companhia atingiu um faturamento comercial — indicador não contábil de receita bruta e ajustes gerenciais — de R$ 3 bilhões.

A empresa já possui uma fábrica em Minas Gerais, na cidade de Pouso Alegre, dedicada à produção de produtos de higiene. A ideia é adaptá-la para a produção de linhas relacionadas à nutrição e transferir a produção de produtos de consumo para a nova planta, na região de Montes Claros, a empresa também tem interesse na construção de fábricas nas regiões Norte e Nordeste. “O nosso pensamento é, em vez de ter uma grande fábrica, ter várias fábricas espalhadas para podermos ganhar agilidade”, diz o presidente da companhia, João Adibe.

Até o momento, nenhuma linha de financiamento público ou privado foi tomada para financiar o desenvolvimento, afirma Adibe. Em 2023, a empresa teve uma redução de 6,9% na sua geração de caixa operacional, que ficou em R$ 353 milhões, majoritariamente por conta de novos investimentos. A receita líquida da Cimed foi de R$ 2,25 bilhões, com lucro líquido de 291,4 milhões e um EBITDA ajustado de R$ 555 milhões.

Ainda fora da linha de medicamentos, a companhia anunciou a criação da marca João e Maria, focada na linha da “baby care”, poucos meses após a compra da produtora de lenços umedecidos R2M — estão na mira, ainda para esse semestre, duas aquisições em linha com os investimentos no segmento. Um dos grandes trunfos comerciais da empresa no último ano após parceria com a marca de balas e doces Fini, a linha de hidratantes labiais Carmed terá três novas versões a serem anunciadas no próximo dia 8 de março. 

Os gastos em marketing com genéricos, vitaminas, João e Maria e Carmed devem somar R$ 300 milhões no próximo biênio. “Estipulamos que a linha de farmacêuticos represente 60% do faturamento, e higiene e beleza 40%. Se tudo der certo, fica 50% para cada uma. Temos muito pipeline de novas moléculas de medicamento, mais de 400, então tudo vai depender da velocidade nossa e da Anvisa na aprovação”, diz Adibe.

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Iuri Santos

Repórter de inovação e negócios no IM Business, do InfoMoney. Graduado em Jornalismo pela Unesp, já passou também pelo E-Investidor, do Estadão.