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Marlabs adota nome global no Brasil e acelera expansão internacional

Companhia que entrou no Brasil em 2023, com a aquisição da Monitora, planeja crescer mais de 30% ao ano no País e elevar para até 70% a participação das exportações em suas receitas

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Marcos Chiodi, Country Manager e Thomas Collins, CEO da Marlabs, que estava buscando fortalecer sua presença na América Latina
Marcos Chiodi, Country Manager e Thomas Collins, CEO da Marlabs, que estava buscando fortalecer sua presença na América Latina

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A empresa global de tecnologia Marlabs, que ingressou no Brasil em 2023, com a aquisição da Monitora, sediada em São Carlos (SP), passou a adotar o nome Marlabs também no país. Com a mudança, deixa de usar a marca Monitora, mas preserva a filosofia e o time que fizeram a Monitora se destacar como uma empresa brasileira com atuação mundial, sob a liderança de Marcos Chiodi, agora country manager da Marlabs.

A incorporação aumentou o portfólio e fortaleceu a operação brasileira, que ganhou acesso a novos mercados e a clientes de grande porte como parte de uma grande empresa mundial de tecnologia. Nos próximos cinco anos, a Marlabs pretende alcançar R$ 500 milhões de faturamento, com a filial brasileira respondendo por 20% desse valor, o que representa um crescimento anual superior a 30%.

Esse resultado deverá vir do crescimento no Brasil, mas principalmente de projetos para empresas de outros países, especialmente os Estados Unidos, que devem representar 50% da receita da operação brasileira nos próximos dois anos e entre 60% e 70% até o final da década.

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Segundo Chiodi, a aquisição atendeu os objetivos estratégicos das duas empresas. Fundada na Índia, adquirida por um fundo norte-americano e seguindo uma estratégia de expansão global, a Marlabs estava buscando fortalecer sua presença na América Latina e impulsionar o modelo de nearshore para os Estados Unidos através do Brasil.

Para a empresa brasileira, que já atendia muitos clientes na Europa, mas tinha pouca presença nos Estados Unidos, a integração representou uma oportunidade de ampliar a atuação no maior mercado de tecnologia do mundo. Além disso, possibilitou a expansão de seu portfólio para incluir serviços como Hyper Automation, Cloud Security e Data Analytics, além de dar mais força a serviços já existentes como desenvolvimento personalizado de soluçoes e Inteligencia Artificial. A operação brasileira também passou a ter acesso aos frutos dos investimentos em P&D da Marlabs, ampliando sua capacidade de se antecipar às novas tendências tecnológicas.

Portfólio em quatro pilares

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A Marlabs oferece ao mercado uma série de soluções agrupadas em quatro pilares. O primeiro engloba soluções de Data & AI, área na qual ambas as companhias já atuavam e que ganhou ainda mais relevância com a aquisição da empresa de tecnologia Onebridge, especializada em inteligência artificial, pela Marlabs no início deste ano.

O segundo pilar é o Custom Software Development & Digital Products, dedicado à criação de soluções sob medida para as necessidades e oportunidades de transformação digital dos clientes. O terceiro reúne serviços de Hyper Automation, que empregam automação avançada, como IA e RPA (automação robótica de processos), para otimizar as operações das empresas. Por fim, o pilar de Cloud & Security foca em soluções de nuvem seguras e escaláveis, essenciais para a infraestrutura de TI das empresas.

Um dos diferenciais da Marlabs, explica o country manager, é a capacidade de entender as necessidades específicas de cada cliente e oferecer a ele as soluções tecnológicas mais apropriadas, que podem ser as inovações que estão na crista da onda, como a IA atualmente, ou não. Ele cita três exemplos que ilustram essa prática.

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O primeiro caso envolveu a empresa brasileira de gestão de estadia de curta temporada 360 Suítes, para a qual a Marlabs desenvolveu soluções de IA e ciência de dados que resultaram em um precificador dinâmico, portal e plataforma que permitiram aumentar em mais de 30% o lucro líquido de uma venda. Essas soluções ajudaram a empresa a aumentar seu faturamento em dez vezes em três anos, mantendo os custos estáveis.

O segundo caso foi o de uma grande operadora de telecomunicações dos EUA para a qual a Marlabs criou um sistema próprio de IA generativa com toda a base de conhecimento da empresa. Dessa forma evita-se o risco de vazamento de dados além de evitar gastos com plataformas de terceiros como o ChatGPT.

 “Enquanto hoje todo mundo está falando de IA, nós dentro da Marlabs já estamos trabalhando com redes neurais, modelos de linguagem de grande escala, deep learning e outras técnicas de IA há muito tempo”, completa.

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O terceiro exemplo foi relacionado a uma grande indústria em busca de um sistema de inteligência artificial para otimizar o uso de matéria prima reduzindo perdas. Neste caso a Marlabs identificou que a melhor solução não era inteligência artificial, mas sim um algoritmo matemático e estatístico avançado capaz de encontrar a solução ótima para os desafios da empresa.

“Nós conseguimos entender a dor do nosso cliente e oferecer a melhor solução, sendo ela a tecnologia mais falada do momento ou não. Nosso grande diferencial é sermos extremamente consultivos”, afirma Chiodi.

Atendimento próximo

Segundo Chiodi, outro diferencial, é a qualidade, o tamanho e a distribuição dos times de tecnologia da Marlabs pelo mundo. A empresa possui cerca de 2 mil e quinhentos profissionais de TI no Brasil, nos Estados Unidos, na Europa e na Índia, o que permite mobilizar rapidamente as competências necessárias para implementar qualquer projeto com alta eficiência e agilidade.

A empresa atende clientes dos mais variados segmentos, com destaque para healthcare e setor financeiro, nos quais tanto a operação brasileira quanto a global já eram fortes. Também estão entre os clientes atendidos, empresas do segmento agro no Brasil e telecomunicações e mídia no exterior.

“Somos agnósticos em relação tanto a tecnologias quanto a verticais”, afirma o country manager da empresa. “Com nossa força global, podemos atuar hoje com qualquer tecnologia e em qualquer segmento.”

Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

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