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Mais boi, mais carne e mais consumo no Brasil

USDA estima que oferta de animais para abate no Brasil crescerá até julho, pressionando preços da arroba

Alexandre Inacio

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O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) está otimista com o aumento dos abates de bovinos do Brasil. A representação do órgão americano por aqui preparou um relatório em que estima um aumento de 4% no número de animais abatidos em 2024, para 46,1 milhões de cabeças.

A oferta de animais, especialmente fêmeas, deverá superar a demanda até, pelo menos, o fim deste primeiro semestre. Até lá, uma recuperação nos preços pagos aos pecuaristas, se houver, ocorrerá de forma lenta.

Mas, o ciclo de liquidação terá suas consequências para indústrias como JBS (JBSS3), Minerva (BEEF3) e Marfrig (MRFG3). Na análise do USDA, com menos vacas a expectativa é que as taxas de natalidade diminuam. Assim, o órgão espera também que a disponibilidade de animais no mercado de substituição recue e provoque, possivelmente, um aumento dos preços.

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Com tanto gado sendo abatido, a expectativa é que os preços da carne para o consumidor doméstico sigam em queda. Com a carne mais barata, a tendência é que o consumo cresça. Se no ano passado o USDA estima que tenham sido consumidas 8,1 milhões de toneladas de carne bovina no Brasil, para este ano a previsão é de 8,4 milhões de toneladas (+4%)

E vai sobrar carne até para o aumento das exportações. Tudo indica que o Brasil terá um incremento de 2% no volume embarcado este ano. Se tudo se confirmar, as exportações chegarão a 2,95 milhões de toneladas em 2024.

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