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Maersk diz que interrupção de transporte no Mar Vermelho gera efeitos globais

Empresas têm desviado embarcações para o Cabo da Boa Esperança para evitarem ataques de militantes Houthi

Reuters

Explosão em navio que os Houthis dizem ser um ataque deles ao MV Tutor, de propriedade grega, no Mar Vermelho, datada de 12 de junho de 2024, nesta captura de tela obtida de um vídeo (HOUTHI MEDIA CENTER/Handout via REUTERS)
Explosão em navio que os Houthis dizem ser um ataque deles ao MV Tutor, de propriedade grega, no Mar Vermelho, datada de 12 de junho de 2024, nesta captura de tela obtida de um vídeo (HOUTHI MEDIA CENTER/Handout via REUTERS)

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A A.P. Moller-Maersk disse nesta quarta-feira que a interrupção do transporte de contêineres pelo Mar Vermelho impactou além das rotas comerciais entre o Extremo Oriente e a Europa, atingindo toda a sua rede global.

Empresas do setor têm desviado embarcações para o em torno do Cabo da Boa Esperança, na África, desde dezembro, para evitarem ataques de militantes Houthi, alinhados ao Irã, no Mar Vermelho, e os tempos de viagem mais longos aumentaram custos de frete.

A Maersk alertou em 1º de julho que os próximos meses seriam desafiadores, uma vez que as interrupções no transporte marítimo pelo Mar Vermelho continuam.

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“O impacto em cascata dessas interrupções se estende além das rotas primárias afetadas, causando congestionamento em rotas alternativas e hubs essenciais para o comércio com o Extremo Oriente da Asiá, a Ásia Central Ocidental e a Europa”, disse a companhia nesta quarta-feira.

“Portos em toda a Ásia, incluindo Cingapura, Austrália e Xangai, estão sofrendo atrasos à medida que os navios mudam de rota e os cronogramas são interrompidos devido aos efeitos em cascata do Mar Vermelho”, disse a empresa em um comunicado.

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Como exemplo, a Maersk disse que sua rede na Oceania foi atingida pelo congestionamento nos hubs do Sudeste Asiático, causado pela escassez de equipamentos e restrições de capacidade devido à interrupção no Mar Vermelho.

“Os atrasos nos centros do Sudeste Asiático representam um risco de interrupção nos portos australianos devido à aglomeração de navios na chegada, resultando em tempos de espera mais longos e outros atrasos”, acrescentou.

“O congestionamento e a interrupção se estenderam para além dos hubs e para os portos do nordeste da Ásia e da Grande China, causando atrasos.”

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A Maersk disse que a demanda de carga marítima permaneceu robusta globalmente, e o grupo está trabalhando para limitar as interrupções para os clientes, em parte, garantindo contêineres adicionais.

“Estamos nos preparando para interrupções contínuas, ajustando nossa rede e estratégias de fornecimento de acordo”, acrescentou.