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Madero levanta R$ 500 milhões com bancos para reduzir custo da dívida

Com os recursos, o grupo vai trocar a dívida mais cara por uma 3% mais barata e reforçar o caixa

Mitchel Diniz

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O Grupo Madero anunciou ter tomado um empréstimo bancário de R$ 500 milhões com o intuito de pagar a parte mais cara de sua dívida e reforçar o caixa da empresa. O financiamento tem um prazo de cinco anos, sendo o primeiro vencimento dentro de 18 meses. 

A rede de restaurantes tomou os recursos a uma taxa de CDI+3,85%. A partir de abril do ano que vem, os juros serão reduzidos para CDI+2,75%. 

“É uma redução muito relevante, comparada ao custo de endividamento que tínhamos até agora”, afirmou Ariel Szwarc, CFO do Madero, ao InfoMoney, o maior e mais completo ecossistema de comunicação especializado em mercados, investimentos e negócios do país.

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Do total levantado no empréstimo, R$ 420 milhões serão destinados a pagar uma dívida que a empresa possui, com taxa de CDI+6,5%. Ao final do primeiro trimestre deste ano, esse era o perfil de quase metade da dívida bruta do grupo, de R$ 980,7 milhões no período. 

“A redução imediata de mais ou menos 3% [do valor da dívida] implica em uma economia inicial de R$ 15 milhões por ano, o que não é pouca coisa. E quando a taxa for de 2,75%, será ainda maior”, complementa Szwarc.

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O restante do valor, de R$ 80 milhões, é a parte do empréstimo que vai reforçar o caixa do grupo. “Estamos muito bem de posição financeira e achamos prudente sempre ir reforçando a posição do caixa”, diz o CFO. 

O Madero terminou o primeiro trimestre de 2024 com R$ 261 milhões em caixa, R$ 150 milhões a mais do que um ano antes. Os números do segundo trimestre vão ser divulgados até o final deste mês. 

Planos mantidos

O endividamento levou o Madero a desacelerar seu plano de expansão e os executivos do grupo afirmam que a abordagem mais conservadora em relação ao passado vai continuar. “Com uma situação financeira muito melhor e um custo de financiamento menor pela frente, vamos poder retomar gradativamente a expansão a patamares que tínhamos no passado. Mas ainda é muito prematuro”, afirma Szwarc.

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E não é só o custo da dívida. O Madero também quer reduzir o valor investido na abertura de novas unidades e segundo Junior Durski, fundador do grupo, está conseguindo. A unidade mais recente do Madero Container, inaugurada no último dia 30 de junho, custou R$ 3,3 milhões – é quase metade do valor que o Madero costumava investir nesse tipo de restaurante. 
“Já conseguimos reduzir em 40% o capex do Madero Stake House, que é o nosso principal retorno de crescimento”, afirma Durski. “Simplesmente trabalhando mais forte na negociação ou substituindo algum tipo de material que estava mais caro por outro mais barato, mas de igual qualidade. Nós tínhamos equipamento de cozinha sobrando”, explica.

Junior Durski (Crédito: Divulgação Madero)

Mitchel Diniz

Repórter de Mercados