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Macro não vai impactar metas de crescimento da XP, diz CEO

A provedora de produtos e serviços financeiros prevê atingir receita entre R$ 22,8 bilhões e R$ 26,8 bilhões em 2026

Mitchel Diniz

(Foto: Divulgação/Expert XP)
(Foto: Divulgação/Expert XP)

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As metas de crescimento da XP Inc. (XPBR31) para os próximos anos não devem ser impactadas por intempéries macroeconômicas, afirmou o CEO Thiago Maffra. A provedora de produtos e serviços financeiros prevê atingir receita entre R$ 22,8 bilhões e R$ 26,8 bilhões em 2026. Segundo ele, ao diversificar a atuação em três verticais de negócios, a XP depende menos de “cenários de mercado” para chegar onde deseja.

“O nosso guidance nunca dependeu de uma melhora de mercado”, afirmou Maffra, em coletiva de imprensa durante a Expert XP 2024.

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O CEO explica que só na parte de investimentos, a companhia, que tem pouco mais de 12% de market share, ainda tem muito a crescer. “80% dos investimentos ainda estão dentro dos grandes bancos”[…] Mas em produtos, temos uma vantagem muito grande. […] Os bancos ainda estão muito guiados por venda de produto e não oferecer um serviço de planejamento financeiro.”

Produtos como cartão de crédito, seguros e conta global, além do banco de atacado da instituição, tem ganhado uma representatividade cada vez maior nos negócios da companhia, tanto em termos de receita quando em oportunidades de cross sell, pontuou o executivo.

“Vamos estar em outro nível de captação nos próximos trimestres, assim como fizemos no segundo trimestre deste ano“, afirmou.

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Visão macro

Questionado sobre o cenário para investimentos, o CEO do Banco XP, José Berenguer, reconheceu que houve uma “mudança radical no cenário de taxa de juros” no Brasil, mas afirma que o ajuste projetado na curva está “muito grande”. “A gente tem um cenário de inflação um pouco pior que motiva, talvez, esse ajuste que vai acontecer na curva de juros. Mas, na nossa opinião, esse ajuste que está projetado, está muito grande”.

A fala do presidente do Banco XP ressoa o discurso de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil, em painel na Expert 2024, realizado na manhã desta sexta-feira (30).

“Além disso, a parte fiscal, na nossa avaliação não é tão ruim quanto o mercado coloca. A gente acha que o governo tem feito um esforço grande para se manter nas metas”, acrescentou o executivo.

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Assim, levando em conta que os juros estão caindo na maioria dos países e que o cenário fiscal no Brasil não é tão ruim quanto parece, Berenguer acredita que há condições para o mercado melhorar.

“Achamos que a tendência é de melhora lenta e gradual nos ativos de risco”, afirmou.

Mitchel Diniz

Repórter de Mercados